sábado, 5 de setembro de 2009

Sonho

Olá a todos,

Certa vez Martin Luther King disse "eu tenho um sonho...", pois eu sempre fiquei indagando se ele realmente sonhou ou se o "sonho" dele era algo em que ele mentalizava. Vocês podem ficar imaginando que essa é uma indagação besta, mas sigam a minha linha de pensamento. Um sonho é algo que ocorre quando você está dormindo (em alguns casos ele aparece quando alguém está acordado...), normalmente ele retrata situções confusas onde coisas estranhas acontecem, as vezes essas situações são reflexos de desejos profundos e outras vezes esses sonhos nos colocam em provações que temos de superar. Mas em todos os casos os sonhos são algo baseado no ficticio, no inimaginavel e no absurdo. Para mim um sonho séria algo que está completamente fora da realidade e/ou senso comum. Então quando Martin Luther King falou sobre o seu sonho ele deveria achar que os seus objetivos eram parte de algo inimaginavel, algo não palpavel que beira o absurdo. Eu normalmente não fico falando por aí que eu possuo sonhos porque eles fazem parte de algo que não existe, eu digo que eu tenho objetivos pelos quais eu luto.

É interessante como eu consigo naturalmente mudar de assunto de uma maneira inconsciente, porque eu não queria falar sobre objetivos, direitos humanos, lutas e outras coisas... tudo o que eu queria falar era sobre um sonho...

Pode parecer confuso eu ter dito que não tenho sonhos e sim objetivos e logo em seguida dizer que eu queria falar sobre um sonho... o caso é: eu tenho sonhos, mas somente quando estou dormindo. Se eu sonhar com algo que eu quero que se torne realidade e esse "algo" pode ser conseguido com luta, então eu tirei desse sonho um "objetivo". Por isso eu posso perfeitamente ter sonhos e objetivos.

Voltando pro sonho, na verdade vamos sair do sonho um pouco. Antes eu queria falar um pouco sobre o porquê de eu querer falar de um sonho ao invés de falar de algo mais divertido como uma dor agonizante qualquer. O fato é que mesmo os meus sonhos são esquizitos... bem, a maioria dos sonhos são esquisitos, mas os meus são anormalmente esquisitos. Para se ter uma ideia basta juntar a minha imaginão com o inexplicavel e você terá ideia do quanto um sonho pode ser mais anormal que os outros.

Agora sim, voltando pro sonho. Nesse sonho eu estava em casa me preparando para fazer alguma coisa a qual eu não sabia ao certo o que era, na verdade eu não estava me preparando eu estava apenas me arrumando. Eu tinha um sentimento que me dizia que eu devia me "preparar", mas esse sentimento era tão fraco que eu nem ligava para ele, isso porque ele me parecia irracional... por isso eu estava apenas me arrumando. Acho que eu estou sendo um pouco confuso, deixem-me explicar melhor a diferença entre se preparar e se arrumar. Se arrumar é o que você faz quando quer ir para algum lugar que você vai com freqüência como a escola ou o trabalho por exemplo. Quando você se arruma você não faz nada de especial, você toma banho, passa um desodorante e um perfume, usa roupas comuns adequadas para o lugar para onde você vai e coloca os seus utensílios úteis nos bolsos e vai embora. Agora quando você vai para um lugar especial o qual necessita de algo a mais na sua arrumação comum então você precisa se "preparar". Normalmente isso acontece quando você vai para uma festa, evento importante ou até mesmo para o vestibular. Nessas ocasiões você precisa tomar um banho mais demorado e usar produtos a mais do que os que você já usa (no caso dos homens pode-se fazer a barba...). Você escolhe uma roupa especial, usa um perfume mais caro, capricha no penteado e checa tudo duas vezes antes de sair. Pega a carteira, chaves, materiais de estudo para o caso do vestibular e materiais de proteção pessoal para o caso de uma festa (estou falando de camisinhas...). Alguns inclusive param e fazem uma prece pedindo a Deus que lhe dêem calma e compreensão para fazer uma boa prova, enquanto outros pedem que encontrem alguém com muita beleza e pouco juízo na festa...

No meu caso não se tratava de uma festa ou um vestibular... era algo como um tipo de compromisso. Eu sentia uma ânsia de ir para algum lugar... uma ânsia de chegar lá o mais rápido o possível.

Eu saí de casa com calma, na verdade eu não estava em casa, eu estava saindo de um prédio e conscientemente eu pensava que ali ficava a minha casa, talvez em algum apartamento (coisa de sonhos...). E não era somente a minha casa... a cidade toda estava mudada, ela estava cheias de prédios altos que cobriam a luz do sol e o ar tinha um cheiro diferente... um cheiro de chuva apesar de o dia está ensolarado.

Como eu não estava com pressa alguma eu comecei a caminhar pela cidade e de hora em hora eu reconhecia algumas partes da fisionomia da cidade. Uma esquina que fica na minha cidade, um prédio de Nova York, um teatro de Chicago, uma avenida que me lembrava São Paulo e apesar de saber que eram todas de lugares diferentes eu não questionava nada, parecia tudo muito normal, até porque isso é algo que eu nunca entendi, como podemos não perceber que estamos em um sonho se tudo a nossa volta não condiz com a realidade?!

Decerto eu já várias vezes consegui distinguir um sonho da realidade, mas nesse sonho em particular eu não estava sequer tentando. Eu não me recordo ao certo, mas acho que devia estar com muito sono e cheio de cansaço porque eu não me sentia disposto a ir para o compromisso e nem queria pensar no assunto de estar vivendo um sonho ou uma realidade. Caso queiram saber eu sempre procuro distinguir um do outro (sonho e realidade) porque caso eu consiga descobrir que estou sonhando eu posso alterar o sonho a minha vontade e poder fazer dele uma experiência mais agradável (pode ter certeza que no andar da carruagem eu teria mudado o cenário todo e ido para um SPA em uma ilha ficar deitado em uma rede na sombra de duas palmeiras tomando uns drinks e apreciando o mar...).

Mas eu me perguntei (assim como alguns de vocês, meus caros leitores, devem já ter se perguntado) o porquê de eu ter que cumprir esse compromisso, ou melhor ainda, que compromisso era esse. Agora que eu estou pensando melhor eu acho que deveria ter me questionado sobre isso antes e talvez eu continuasse andando até o lugar onde eu deveria estar se a cidades não estivesse diferente...

Eu não sabia dizer exatamente o que era... os prédios pareciam normais, as ruas estavam calmas, as árvores balançavam quando o vento passava por elas... mas algo estava fora do lugar... até que eu percebi que não havia ninguém na rua, ou calçada, ou casas ou em lugar algum. A cidade estava deserta. Eu achei aquilo tudo muito estranho, mas quem era eu para discutir a realidade?! Se a cidade estava deserta eu não poderia fazer nada para mudar isso e para ser sincero... por que eu iria querer mudar algo que não era da minha conta e ainda por cima não me incomodava em nada?! Na verdade eu até que estava gostando daquela calmaria...

Eu sentia que já tinha ultrapassado mais da metade do meu caminho quando vi a primeira pessoa... na verdade não deu de ver direito porque ela foi muito rápida... sabe aquelas situações quando você está dirigindo um carro e passa na sua frente um gato ou um rato muito rapidamente e você fica se perguntando de onde eles tinham saído?! Eu tive essa mesma sensação... alguns metros mais tardes eu começava a sentir que havia algo errado e que toda aquela calmaria havia ficado para trás... e isso me incomodava... E MUITO!!

Eu já estava andando há um bom tempo e as pessoas começavam a aparecer com mais freqüência, mas todas as vezes elas atravessavam o meu caminho correndo e desapareciam em instantes... e as vezes eu podia jurar que elas faziam o mesmo pelas minhas costas como naqueles filmes de terror onde a criatura atravessa uma clareira enquanto os personagens estão de costas logo no inicio do filme... eu sempre me perguntei por que diabos essas criaturas não paravam uns 10 segundos para matar esse cara que está de costa ao invés de ter de esperar o filme todo para fazer isso e morrer no fim...

Eu já estava ficando próximo do meu objetivo, e estava feliz por estar quase lá porque isso significava que eu logo estaria em casa de novo. O problema ocorreu mesmo foi quando eu dobrei a esquina... eu simplesmente pude ver o que Dante quis mostrar quando tentou descrever o inferno... as ruas começaram a ficar caóticas... uma nuvem de fumaça cobria tudo e eu podia ver incêndios em toda parte. Pessoas corriam por todos os lados e a maioria delas parecia que tinham acabado de deixar o trabalho para se juntar naquele pandemônio...

Eu não entendi nada... o que havia criado tanta confusão?! E o que me assustava mais era que eu sabia a resposta dessa pergunta...

O que havia criado aquilo tudo estava ligado ao meu compromisso... eu não sabia como eu sabia, mas sabia que sabia que o sábio soube que o sabiá sabia assoviar... (não pude resistir a não fazer uma piadinha... desculpem-me...). Nesse momento eu percebi que era primordial que eu puxasse na memória o porque de eu ter que ir para esse compromisso...

Eu comecei a me lembrar que eu estava sentado assistindo a algum filme qualquer na televisão quando um comercial entrou no ar... esse comercial falava sobre alguma coisa relacionada a uma promoção maluca... eu tentei mudar de canal, mas esse comercial continuava passando em todos os canais e até mesmo no radio... o engraçado era que cada ponto do radio passava o comercial, mesmo onde não havia estação de radio (ex: existe a estação de radio 93.3 e a 94.5 e não existe mais nada entre elas, mas no meu sonho as freqüências 93.4; 93.5; 93.6... passavam o tal do comercial...). Eu me cansei disso e resolvi jogar um pouco no PC, mas eu não conseguia porque eu sequer toquei na CPU e o monitor já estava passando o comercial... Como aquilo já estava me cansando eu resolvi ver logo o que é que essa promoção falava.

Eu me surpreendi com o que eu ouvi... essa promoção dizia que quem quer que chegasse primeiro no prédio que ficava no centro da cidade (e este era o mais alto de toda ela...) iria ganhar um super prêmio... o problema era que apesar de eu não ter a mínima idéia de que prêmio era esse eu senti no mais profundo do meu âmago que eu deveria ir para aquele prédio... era quase como um tipo de forte hipnose misturado com macumba da braba...

Agora eu começava a entender melhor... todos queriam o prêmio!! Só faltavam mais alguns quarteirões para chegar no prédio quando as coisas começaram a ficar piores... Antes eram somente incêndios, poeira, escombro de prédios... mas agora as coisas estavam ficando sérias demais!! Eu podia ver uma cena pós-apocalíptica onde carros, motos e caminhões jaziam destruídos pelas ruas, resultados de inúmeros acidentes de carros onde estes haviam ceifado a vida de muitos motoristas e pedestres... eu sabia o que havia acontecido, eu conseguia ver as cenas como se meus olhos fossem donos do passado e me mostrassem o que ocorreu. Eu vi pessoas motorizadas acelerando fundo com a intenção de chegar primeiro no prédio e por conseqüência acabaram por matar todos os motoristas que tentaram chegar por esse meio de transporte assim como todos os pedestres que cruzaram o seu caminho, no fim as estradas e calçadas estavam instransponíveis pelos carros e motos sendo possível apenas atravessar essas ruas a pé.

Eu realmente estava triste pelas pobres almas dos acidentados, mas eu ainda ia continuar a minha caminhada... como eu disse parecia algum tipo de hipnotismo com macumba...

Na medida em que eu andava eu encontrava mais e mais “acidentados” e outros casos de mortes. Na verdade quando eu cheguei na praça que dava de frente para o prédio eu presenciei um dos maiores campos de guerra que eu já havia visto... na verdade não era mais um campo de guerra porque todos que estavam por lá já haviam parado de guerrear faz um bom tempo... não pensem nem por um momento que eles pararam de guerrear porque alguém havia conseguido o prêmio... eles pararam de guerrear porque os mortos não se mexem e conseqüentemente não batalham entre si...

Todos que estavam ali já haviam morrido... todos tentaram da melhor maneira o possível atrasar quem estava ao seu lado... e a maioria deles conseguiu!! Quando vi aquelas cenas comecei a entender o porque de haverem mortos vitimas de atropelamento nas ruas anteriores e não havia nenhum carro por perto... eu sabia agora que aqueles que vieram de carro também tentaram atrasar os que vinham andando... fadadamente quando perceberam que haviam carros mais rápidos que os deles ele quiseram repetir a dose e isso desencadeou uma chacina nas ruas...

Na medida em que eu andava, eu ficava cada vez mais impressionado com o que a humanidade havia feito para alcançar os seus objetivos... enfim eu me deparei na recepção do prédio... mas não havia ninguém lá... na verdade haviam muitas pessoas, mas nenhuma delas estava apta a receber o prêmio, a não ser que este seja um belo caixão folheado a ouro porque estavam todos mortos...

Apesar de depois disso tudo eu dever ter voltado para casa e ter chamado a policia ou algo assim eu estava realmente curioso sobre o que seria esse grande prêmio... então eu comecei a pensar em como eu poderia achá-lo para dar uma olhada, mas ai é que eu percebi que não havia funcionários do prédio no saguão... eu sabia disso porque o único que tinha um crachá estava jogado de qualquer jeito no início das escadas...

Logo eu percebi que dificilmente uma pessoa chegaria primeiro, era mais provável que UMA MULTIDÃO delas tivesse chegado ao mesmo tempo e que houvesse uma discussão para saber quem seria o merecedor do prêmio... os funcionários deveriam ter se sentidos acuados e fugiram para o único local onde não havia pessoas ensandecidas... O TERRAÇO!!

Foi uma subida pesarosa... não por causa de toda aquela gente morta com suas partes internas expostas como um show de horror, mas sim porque aquele prédio tinha CENTENAS DE ANDARES!! Imagina subir aquilo tudo de escada?! E imagina agora a sua raiva quando lhe passa pela sua cabeça uma idéia louca de “subir pelo elevador”!!

Ao chegar lá em cima eu encontrei todos os funcionários restantes já mortos... mas minhas esperanças haviam melhorado porque eu encontrei alguém vivo... ele tinha em suas mãos uma caixinha pequena toda enfeitada... era o prêmio.

Ele olhava para essa caixa com extremo pesar e tristeza, ele já estava coberto de chagas e em cada parte do corpo dele eu podia ver o resultado de sua luta para ser o ganhador do prêmio. Mas ele não parecia nada feliz... cheguei a me perguntar o por que de ele está assim apesar de já conhecer a resposta.
Mas eu não compreendia... como alguém que matou tantos estaria arrependida logo agora em que a batalha acabou?! Já não está meio tarde para isso?! Eu comecei a pensar no caso dele e percebi que a loucura deve ter subido a cabeça dele assim como deve ter subido a cabeça de muitos porque não é normal que pessoas se digladiem desse jeito por causa de um prêmio...

Eu já estava levantando um dos pés para andar na direção dele e lhe dar umas palavras de conforto por sentir pena dele e achar que a situação poderia melhorar quando ele calmamente se levantou e olhou para baixo... nesse momento ele não demonstrou reação nenhuma e deixou o seu corpo ser levado por uma leve brisa para a frente e caiu levemente para frente rumo ao chão centenas de andares abaixo... dessa altura eu sequer poderia ouvir o baque surdo do corpo se estatelando no chão lá embaixo... me senti na obrigação de falar algumas palavras:

-FILHO DA P$¨%!! AJUDOU A MATAR TODO MUNDO E AGORA NÃO VAI NEM ENTERRAR UM DELES?! PELO MENOS REZOU UM POUQUINHO PELAS ALMAS DELES?!

E o pior é que ele se jogou lá embaixo segurando o presente... na verdade esse não foi a pior coisa... a pior coisa foi saber que eu não poderia descer de elevador porque ele estava quebrado... pudera, com toda essa guerra não é de admirar que alguém tenha cortado os cabos do elevador...

Chegando lá embaixo eu já estava exausto e realmente queria ir para casa... eu realmente queria aquela rede com uns drinks... mas eu não pude deixar de dar uma olhada naquela caixinha...

Era até uma caixinha singular... não media mais do que uma caixa de chocolates e era embrulhada em papel presente com um laço de seda em cima... laço esse que não foi aberto... o cara pulou lá de cima e sequer quis saber o que tinha dentro...

Eu cuidadosamente abri a caixa e vi que havia três coisas... uma carta, um cheque e uma chave de carro. A carta parabenizava o leitor por ser o ganhador da promoção que havia sido feita em escala mundial e que o grande prêmio era o carro esportivo mais caro do mundo e no chegue o ganhador era gratificado com a quantia de 100 milhões de euros (o dólar já decaiu muito...).

Eu li novamente a carta somente para lê-la várias e várias outras vezes... não achei outra tradução para “escala mundial” sem ser algo como “todos estão mortos menos você”...

Eu suspirei e fiquei olhando para aquele mundo sem vida... fiquei imaginando se os animais teriam entrado nessa loucura também... com sorte eu iria ser um agricultor para cultivar o meus sustento e teria alguns gatos e cachorros como companhia... achei que eles seriam melhores do que uma bola de vôlei com uma careta feita com sangue...

Como se é de esperar eu procurei olhar para trás no tempo e ver o que eu aprendi com tudo aquilo... no fim eu pensei e pensei e acabei concordando que no coração do ser humano reside os mais poderosos venenos. Venenos esses que podem levá-lo a loucura de matar os da mesma espécie em troca de ganhos pessoas, por mais mínimas que sejam as chances de obtenção desse lucro. Para o ser humano não importa se outra pessoa mereça o lucro... o que importa é se você pode conseguir esse lucro sem ser penalizado por isso... Mas no fim o ser humano acabou por não ser tão burro... no fim ele compreendeu de que mais cedo ou mais tarde os nossos atos voltam para nós e acabamos por perceber que erramos e que os nossos erros podem levar a criação de tragédias e mais tragédias. Mas ainda assim, mesmo depois de ter visto os seus erros, o ser humano ainda é covarde e sempre procura a saída mais fácil para os seus problemas, mesmo que isso signifique a sua própria morte...

Somente alguém sábio (ou com um neurônio que funcione...) compreende que não é o lucro que vale a pena... é como você o obtém, se você é merecedor dele. Somente assim esse lucro irá valer a pena. Somente sendo honesto consigo e com os outros você ficará satisfeito ao obter o prêmio. E mesmo assim, não irá adiantar ter ganho o melhor prêmio do mundo se você não tiver com quem compartilhá-lo...

Eu já estava me levantando para ir embora quando eu me acordei... eu olhei ao redor e reconheci o meu quarto e percebi que era tudo um sonho. Apesar de saber disso eu não fiquei feliz porque no fundo eu fiquei com aquele pensamento “mesmo sendo um sonho... isso muda o que está no coração das pessoas?! Somente uma mega promoção irá dizer...”

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Mentiras

Olá a todos,

Novamente eu estou aqui na frente do PC para compartilhar com todos um pouco das situações inusitadas que venho a presenciar, embora hoje eu não estou interessado em falar uma desgraça, acidente e/ou humilhação pública. Hoje estou aqui para dividir uma dúvida que foi bombardeada na minha mente fértil...

Você já deve (a não ser que seja o messias encarnado...) ter contado pelo menos uma vez na vida uma mentira... mas me diga, meu caro leitor, por que você fez isso? Por que você precisou afastar a verdade de suas palavras e em troca utilizar de falso testemunho?

Foi pensando nisso que eu criei o tópico dessa semana.

Eu acredito que existam vários motivos que levem uma pessoa a mentir... eu vou começar a falar de todos eles (ou pelo menos daqueles que eu for me lembrando...). Muitos começam a mentir já pequenos, mas nessa idade nem sequer sabemos o que é uma mentira, na verdade sequer temos más intenções ao inventá-las. Quantos de vocês não conhece uma criança de dois ou três anos de idade que gosta de “aumentar” ou “melhorar” alguns detalhes de uma história?! Nessa idade a criança começa a perceber que a realidade poderia ser melhor se ele usasse um pouco de imaginação. Antes disso ele achava que conseguir usar o banheiro da maneira certa ao invés do chão da cozinha seria um feito digno de um desbravador que encontra um novo continente... mas na medida em que seus pais, irmãos mais velhos, tios e até mesmo os seus avós não dão tanta importância para isso você acaba por perceber que aquilo que lhe deu tanto trabalho para conseguir não tem tanta importância... mesmo que você tenha levado apenas uns poucos anos para conseguir, e olhe que o cachorro é bem mais velho que você e ainda usa o chão da cozinha como banheiro...

Aos poucos a criança percebe que pode melhorar uma historia se ela usar um pouco de imaginação e que todos lhe dão mais atenção quando você diz que viu um dinossauro na rua ao invés de um cachorro muito grande... eles dizem que você é fofo. No fim eles estão apenas lhe influenciando a sempre contar uma historia diferente e melhorada do que realmente ocorreu, ao invés de lhe estimularem a contar a historia exatamente como aconteceu só que de uma maneira mais poética e excitante (um bom exemplo seria descrever a aparência do cachorro e compará-lo com os outros cachorros para que percebam o quanto aquele ser era especial...) essa pode ser a diferença de um futuro malandro surrupiador de biscoitos a um nobre e eloqüente orador em miniatura...

Quando o tempo vai passando nosso pequeno bebê se torna uma criança e com o aumento de experiência ele vai gradualmente ganhando mais liberdade. Um dos pontos mais altos nessa historia é quando uma criança aprende a andar e a sua mãe começa a lhe deixar mais a vontade na casa que ele já conhece. As mães acabam por naturalmente dar mais e mais liberdade ao ponto de poder deixá-lo sozinho (com uma distância segura de uns 5 a 10 metros, é claro...). É ai que o problema começa a aumentar.

A pobre mãe está a fazer o almoço e deixa a criança brincando perto da TV até que ela escuta o som de algo se partindo em vários pedaços... Muito preocupada ela corre para perto do seu filho com o intuito de saber se ele está bem ou não... Ao chegar lá ela descobre que o vaso caríssimo que ela tinha ganhado de alguém que ela provavelmente nunca mais viu na vida havia caída da estante e se partiu com o impacto. O culpado é obvio! Um garoto com ar de preocupado que está logo ao lado estante.

É nesse momento da vida de uma criança que ela percebe que pode usar suas técnicas de alteração da verdade em benefícios próprios. “E por que não?!”. Ele começa a inventar o que lhe primeiro vem na cabeça, o que normalmente resulta em por a culpa toda no pobre do cachorro... como se já não fosse o suficiente ele se sentir mal toda vez que olham feio para ele quando encontram aquele presente que ele deixou na cozinha...

Mas existe uma pequena diferença entre essa mentira e uma mentira comum. O garoto em questão jamais foi castigado antes... por isso ele não sabe o que pode acontecer com ele se ele fizer algo de errado. Mas se esse é o caso... por que ele mentiu?! A resposta é simples... ele não queria ver a sua mãe chateada com ele... ele sabe o quanto esse vaso era importante para ela (apesar dele não saber quem o deu para ela...) e ele sabe que ela não ia gostar de vê-lo quebrado e assim que ela soubesse que foi ele que o quebrou ele se sentiria mal por dentro...

Essa é um tipo de mentira em que a pessoa utiliza para evitar que as pessoas próximas se sintam magoadas em relação a mesma, ou seja, você normalmente utiliza essa mentira para evitar que a sua namorada fique com raiva de você por você ter esquecido o aniversário dela, você também usa desse artifício para que a sua mãe não fique magoada por você não ter limpado o quarto. Você no fim foge da reprovação alheia tentando criar uma situação onde você não é o culpado. O problema é que normalmente você É o culpado e precisa aprender a assumir as responsabilidades de seus atos para que futuramente você saiba dar mais importância aos sentimentos de sua namora e as lições que sua mãe tenta lhe ensinar (como higiene no seu local de descanso, por exemplo...). Quem cria esse tipo de mentira tende a crescer e ser uma pessoa irresponsável porque acha que pode ser feliz passando uma imagem errada para outras pessoas.

Na medida em que o tempo passa o nosso garoto em questão precisa passar por outras situações semelhantes, porém ao contrário da situação anterior onde ele precisava mentir para se sentir melhor dessa vez ele precisa mentir para fazer alguém se sentir melhor.

Normalmente a mentira precede uma pergunta como “estou gorda?”, “você a acha bonita?”, “ele é mais bonito do que eu?”, “o que você acha sobre isso?”. São perguntas como essas em que a própria pessoa que pergunta não quer ouvir a verdade se esta não condizer com o que ela quer ouvir. Mas também existem situações em que a pessoa tem uma boa intenção como encobrir a morte de um coelho de estimação dizendo que ele fugiu ou outras coisas. Essa é a única mentira em que se tem a verdadeira boa intenção, já que você mente em beneficio alheio. Mas na maioria das vezes o certo é contar a verdade.

Vocês devem pensar que eu sou um insensível por querer que uma criança saiba que o coelho morreu por já estar velho e cansado, mas a morte é algo que faz parte da vida. Você só pode morrer se estiver vivo e se está vivo mais cedo ou mais tarde você irá morrer. Por isso é melhor explicar as coisas como elas são ao invés de proteger alguém de algo em que ela deverá enfrentar. E se essa garota se acidentar?! O que vocês diriam?! Que ela vai encontrar-se com anjos?! No fim você mente para a pessoa que gosta não somente para não magoá-la, mas também para não se sentir mal. Quando você vê alguém próximo a você ficar magoado você acaba ficando triste e para evitar essa situação você tende a mentir.

E por ultimo, vem a pior entre as mentiras. Essa é aquela que você usa para se safar descaradamente de uma situação onde você tende a ser punido de alguma forma por algo que você realmente fez. Você mente para escapar de uma punição que você merece receber, as vezes você também mente para arranjar tempo para concertar um erro que você fez e só assim escapar da punição. Quando o seu chefe lhe diz para fazer uma determinada tarefa e depois de um tempo ele lhe pergunta se você a fez você acaba por inventar uma historia explicando o porquê de você ainda não ter feito a tarefa e logo depois você tenta correr contra o tempo perdido.

Essas pessoas precisam aprender que não se brinca com a verdade. Na medida em que você quer alterá-la você pode ser obrigado a enfrentar conseqüências ainda maiores do que se tivesse enfrentado a verdade desde o inicio. E mesmo que você consiga escapar dessas situações sem nunca ter sido castigado... tudo o que eu tenho a lhe dizer meu amigo é que você precisa aceitar a verdade como ela é e que você está vivendo em um mundo de ilusões onde mais cedo ou mais tarde você irá precisar encarar o mundo do jeito como ele é.

Mas... convenhamos, o mundo seria um lugar muito estranho se todos falassem a verdade... e isso me dá calafrios porque só vem a provar o quanto a mentira está entranhada nas nossas vidas.

sábado, 1 de agosto de 2009

Desejos

Olá a todos,

Eu me inspirei em um comentário que fizeram e resolvi escrever essa minha perola aqui.

O comentário falava sobre uma lenda japonesa que diz que se você fizer 1000 tsurus de origamis você tem direito a um desejo. Se eu não me engano o tsuru é a garça de papel, certo?! Eu fiquei pensando agora se essa mitologia é confiável... sabe, se eu fizer os 1000 tsurus e pedir um pedido plausivel (imortalidade seria um pedido não plausível, já que em teoria ser imortal é impossível) eu conseguiria realmente esse pedido em 100% dos casos?!

A minha dúvida é a seguinte. Experimente contar de um até mil em um ritmo de relógio (um número a cada segundo). Isso daria 60 números em 1 minuto. 600 números em 10 minutos. 900 números em 15 minutos. Ou seja, você conseguiria contar até 1000 em aproximadamente 16,7 minutos... Parece um período curto de tempo para se contar até 1000, certo? Mas experimente fazer essa conta... eu acredito que lá pelos 200 você começaria a repensar sobre o porquê de você estar fazendo essa conta, já que você está simplesmente cumprindo um pedido idiota de um carinha que escreve em um blog...

O que eu quero dizer é que contar até 1000 é cansativo... imagine agora fazer 1000 tsurus! Vamos imaginar que você consiga fazer um tsuru em 0,5 minutos (não é 50s e sim 30s). Isso te daria 500 minutos para fazer todos (8,34 horas). Isso dá mais trabalho do que contar até mil. Imagina agora você fazendo tsurus como um doido (a). Lá pelos 20 (isso se você for persistente) você se cansará e o seu tempo médio decairá fazendo com que você leve mais do que 30s para fazer um tsuru. Lá pelos 100 você começará a sentir dores nos dedos e tendões e já estará levando mais de 1m para fazer o dito cujo do tsuru. Em duzentos você demorará mais do que 2m para fazer a criatura, seria algo como 1,5m fazendo o tsuru reclamando do japonês que criou essa mitologia idiota e mais 1m suspirando e pensando no que você poderia estar fazendo nessa hora do dia e olha para o próximo pedaço de papel e se lembra que ainda falta uns 700 tsurus para fazer... Você provavelmente não conseguirá fazer nem mesmo 400 tsurus em um dia, para ser franco eu acho que uma pessoa normal se cansaria no número 50 e resolveria que era hora de dar uma pausa e acabaria deixando o trabalho para um outro dia.

No fim você levará dias (se você se dedicar com todas as suas forças) para completar a missão. E você acha que tem direito de fazer um belo dum pedido. Mas que pedido você faria?!

Veja bem, eu não estou muito interessado em saber o que você mais deseja, eu sou estou empolgado em provar que você não tem a mínima idéia do que você deseja!!

O primeiro desejo que passa na cabeça da maioria das pessoas é ganhar na mega-sena. Todos, não importando o grau de escolaridade, idade, sexo ou credo, querem ganhar na mega-sena. Esse desejo acabou se tornando algo de praxe para quem tem algum tipo de desejo, ele tem o mesmo status do desejo sobre “a paz mundial” que toda a miss universo pede na hora das perguntas... Qualquer pessoa no mundo inteiro, onde exista uma loteria, iria querer um bom prêmio como esse... certo?! Bem... eu não teria tanta certeza.

Veja bem, a mega-sena possui diversos tipos de prêmios. Basicamente a mega-sena é um jogo de sorte onde você precisa escolher 6 números entre 60, e depois serão sorteados outros 6 números, se os números que você escolheu forem os mesmos sorteados então você ganhou o prêmio máximo da mega-sena, porém você também ganha se você acertar 4 e/ou 5 números, desde já percebemos um erro nesse pedido que é tão comum. As pessoas não querem APENAS ganhar na mega-sena, elas querem ganhar o maior prêmio da mega-sena.

Mesmo eu tendo provado que a maioria das pessoas pede o pedido errado quando diz “eu quero ganhar na mega-sena”, muitos irão se desculpar dizendo: “Mas isso é pouca coisa, eu só devo alterar um pouco o meu pedido e pedir para acertar os seis números da mega-sena”. Eu me impressiono o quanto uma pessoa não pára para pensar sobre o que pede, isso porque mesmo alterando o pedido a criatura ainda não ia conseguir realizar o seu desejo. Veja bem, ao mesmo tempo em que você acertaria a mega-sena outras pessoas também podem acertá-la. Não é muito comum, mas a mega-sena poderia sortear um prêmio de 1 milhão de reais e outras 4 pessoas poderia acertar esta mesma combinação. Isso parece impossível para você!? Mas não é!!

Você já imaginou se em algum acaso da vida os números sorteados forem 1, 2, 3, 4, 5 e 6?! Apesar de parecer impossível esse número tem as mesmas chances de aparecer do que qualquer outro. E mais de 0,1% dos apostadores apostam nesse número todos os meses. Mesmo se o prêmio for de 10 milhões se os números forem esses então não ia sobrar nem 100 reais para cada apostador... o que você faria com 100 reais?! Pagaria um jantar para a família?!

É por isso que eu acho uma futilidade querer ganhar na mega-sena, é mais fácil pedir logo de uma vez os 10 milhões e deixar que o gênio dos tsurus dê o jeito dele de arranjar a grana... Mas ainda assim o dinheiro ganho de maneira fácil tende a evaporar de maneira fácil. Teve uma reportagem que falava sobre o que aconteceu com alguns dos ganhadores da mega-sena, muitos não souberam gastar o dinheiro e os mesmo acabaram em uma situação pior do que quando não tinham nada, teve casos de pessoas que compraram vários carros importados e pagaram a vista, do mesmo jeito que teve outras que investiu em jatinhos e por aí vai.

Seguindo essa linha de pensamento é melhor pedir logo um emprego que te pague muito bem e que só você pode fazê-lo. Mas é bom especificar que tipo de emprego você quer porque você pode acabar enfurnado em um escritório de uma multinacional e ter que trabalhar tanto que não lhe sobrará tempo para nada, nem para os amigos, nem para a família e muito menos para gastar o seu dinheiro... eu pessoalmente preferiria ser um artista, mas eu fico meio receoso quanto ao assedio dos fãs e a invasão da sua privacidade pelos paparazzi.

O segundo desejo que as pessoas normalmente pedem é ter um relacionamento amoroso com algum ator famoso ou pelo menos com alguém bem atraente. Esse é outro erro, normalmente quando a pessoa deseja algo ela acaba por desejar o “como” ela quer e se esquece de que o importante é saber “o que” se quer.

Na mesma lógica sobre o dinheiro as pessoas acabam por desejar ganhar na mega-sena, assim sendo elas estão desejando “como” elas gostariam de ganhar dinheiro quando na verdade “o que” elas realmente querem é ter uma vida financeira estável e bem (na verdade, BASTANTE) lucrativa. E elas querem ter essa vida sem gastar o mínimo de esforço o possível, fazendo um trabalho que elas gostem (fotografo exclusivo da playboy internacional é um bom exemplo de um trabalho que deve ser moleza...).

No caso do setor amoroso as pessoas tendem a imaginar em “como” deve ser a pessoa amada ao invés de simplesmente entender que o que ela quer é apenas UMA pessoa para amar. Depois de apaixonado e tendo uma boa relação não vai importar nenhum pouco se ela tiver somente dois dentes e ser cega de um olho... embora eu devo admitir que ser banguela e caolha irão diminuir muito as chances de alguém se aproximar e ver como boa pessoa ela é por dentro...

Eu acabei enrolando a todos, inclusive a mim mesmo. Eu devo até me desculpar porque eu comecei esse texto com muita preguiça (não dormi direito e estou com tempo livre aqui no trabalho, porém não posso dormir em serviço mesmo que não esteja fazendo serviço nenhum...) e pouca inspiração, embora quando eu tenha iniciado a escrevê-lo ele tivesse me parecido uma boa idéia.

No fim o que eu queria dizer é que a humanidade não sabe muito bem o que ela quer. Muitos são as pessoas que dizem ter medo de alturas, mas a maioria viaja de avião tranquilamente, mesmo sabendo que elas estarão sobrevoando uma grande extensão de terras a uma altura exorbitante. Na verdade boa parte dessas pessoas não tem medo de altura, elas tem medo de cair de um lugar alto. Se elas estiverem em um lugar alto só que elas acreditarem perfeitamente que esse lugar é 100% seguro elas não irão ter medo. Um bom exemplo é uma sala de jantar do ultimo andar de um prédio de 100 andares, a pessoa saberá que esse lugar é alto e ainda assim não temerá nada porque ela sabe que é quase impossível o chão desse andar se abrir e ela cair lá de cima. Apesar de tudo eu acredito que realmente existam pessoas que temem lugares altos e que não subiriam ao segundo andar de prédio nenhum...

E eu fico me perguntando se realmente vale à pena fazer 1000 tsurus e no fim dessa jornada fazer um pedido que mesmo realizado ao pé da letra não poderá satisfazer o pobre coitado que adquiriu LER (Lesão por Estiramento Repetitivo) dobrando papel...

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Romantismo

Olá a todos,

Esse é um dos tópicos lá do PDL. Eu achei interessante e resolvi postar aqui também.

Me perguntaram se eu era romântico e eis aí a minha resposta:

Bem... em relação ao ser romântico... deixa eu pensar... é... pensando bem... eu acho que sou um romântico sim... se não fosse eu acho que não conseguiria colocar tanta paixão naquilo que eu escrevo. Não conseguiria olhar para lua e perceber que ela está mais acolhedora do que na noite anterior (mesmo ambas parecerem iguais). Não conseguiria me sentir cansado depois de um dia de trabalho e querer me sentar em uma cadeira de balanço no meio de uma noite escura no meio do quintal e desligar as luzes da casa somente para poder relaxar e escutar o barulho que o vento faz quando acaricia as folhas das árvores e beija as flores das plantas. Não conseguiria parar para ver o quão trabalhoso é a caminhada de uma simples formiga que atravessa alguns metros de seu formigueiro até uma planta e não conseguir deixar de admirá-la quando ela novamente sai do formigueiro para repetir essa exaustante e enfadonha rotina e lembrar de pessoas que reclamam que não gostam de se levantar da cadeira para trocar de canal (é em uma situação como essa que eu vejo o quanto a humanidade tende a regredir...) e finalmente eu acho que sou um romântico porque apesar das decepções que a vida nos dá, apesar das rasteiras que você recebe, apesar das pessoas ficarem a cada dia que passa mais e mais temerosas em relação a ambição, raiva, medo e angustia que envenenam o coração humano, apesar do mundo estar morrendo com a poluição, apesar da natureza estar se revoltando contra a vida com suas tempestades, tornados, enchentes e desgraças, apesar da vida nova que nasce a cada dia em um corpinho frágil de um bebê estar condenada a viver em um mundo que está gradativamente destruindo o seu futuro e apesar das pessoas cada vez menos acreditarem que o amor existe no coração de cada um eu ainda consigo acordar todo dia de manhã e reclamar que ainda é muito cedo para se acordar e que a única coisa que me faz levantar da cama e encarar o chuveiro cuja a água é mais fria que o sangue que passa pelo coração de uma serpente no pólo norte É QUE EU VOU VIVER MAIS UM DIA!!

Hoje em dia as pessoas contam o tempo mais do que contam o dinheiro que recebem como salário. Elas normalmente iniciam a semana já contando quantos dias irá demorar até chegar o próximo fim de semana. Elas entram em seu trabalho e/ou escola pensando em quanto tempo irá demorar até elas chegarem em casa. Elas contam quanto tempo ainda tem de horário de almoço e reclamam arduamente quando este acaba e elas tem que voltar para o "inferno" que é a vida. Elas estão começando até a contar quanto tempo demora a sua diversão! Antes de ver um filme elas precisam saber quanto tempo ele demora. Antes de ler um livro elas primeiro vêem quantas páginas ele tem. E até mesmo quando colocam uma pipoca no microondas elas esperam em frente ao microondas até o tempo acabar, ou então ficam andando de um lado para outro e ficam dando olhadelas para o monitor do MC para ver quanto tempo falta.

O que as pessoas de hoje esqueceram é que o tempo que elas perdem contando o tempo poderia ser aproveitado de outra maneira. Eu pessoalmente não fico contando o tempo quando estou trabalhando, eu procuro aproveitá-lo ao invés disso. Eu não fico a toda hora olhando o relógio, eu procuro me divertir com o meu trabalho e procuro interagir com os meus colegas para que assim o meu trabalho seja tão animado que o tempo passe sem que eu perceba. Quando eu coloco uma pipoca no microondas eu nem me importo em ficar olhando quanto tempo falta para ela ficar pronta (exceto quando eu estou no cinema e o filme já está quase começando, aí eu fico feito um muleke pidão olhando para aquele timer e pensando “vai mais rápido criatura porque o inicio do filme é tão importante quanto o meio e o fim...”) eu vou ver os outro canais (eu normalmente faço pipoca em casa para assistir algum DVD) e vejo o que vai passar na TV e as vezes eu acabo assistindo um filme que está passando na TV para só depois começar a assistir o DVD (e em alguns casos eu também acabo esquecendo que tem pipoca pronta e quentinha no microondas...). Eu não me importo em saber quanto tempo um filme tem ou quantas páginas um livro possuí, na verdade enquanto eu leio um livro eu fico querendo que ele dure mais do que deveria porque como eu leio rápido eu acabo lendo ele em poucas horas e eu fico com aquela vontade de ler outro (quando eu li o “Príncipe Mestiço” eu fiquei doído para ler “As Relíquias da Morte” e mal consegui esperar o tempo passar...).

O que eu quero dizer é que as pessoas estão contando o tempo e estão se esquecendo de “aproveitar” o tempo! Enquanto elas ficam contando as horas o tempo continua a correr e se você não aproveitá-lo ele irá passar e você viverá apenas uma parte da vida e chegará a velhice com aquela sensação de que não viveu muito e que poderia ter feito muitas coisas as quais não fez!

Para aqueles que estão pensando “E o que isso tem haver com Romantismo?”. Eu só posso dizer que isso tem tudo haver com o Romantismo. O romântico é aquela pessoa que vê o amor em tudo e em todos e que não se deixa se desanimar pela tristeza daqueles que estão ao seu redor porque ele sabe que o dia que você vive hoje somente será valoroso se você lutar por ele. Se você simplesmente esperar que a alegria venha até você então você jamais irá encontrá-la porque ela está naquilo que você ama e gosta de fazer. E essas coisas não são jogadas em cima de você com quem fala “toma esse alegria de viver para você se sentir melhor!” e eu acredito que se isso acontecesse você não valorizaria essa dádiva e é por isso que se você não lutar por aquilo que deseja o seu trabalho irá continuar chato, o livro vai continuar muito grande e a pipoca vai continuar a demorar horrores para ficar pronta (exceto na situação do cinema... nessas situações ela sempre demora e sempre tem um cara que está na sua frente e vai comprar umas cinco pipocas!!).

Espero que todos comecem a aproveitar melhor o seu tempo porque eu já estou aproveitando o meu para imortalizar os meus pensamentos... (TRADUÇÃO: eu vou colocar isso aqui lá no Blog!!).

Chiclete no Shopping

Olá a todos,

É engraçado como coisas pequenas podem desencadear coisas muito grandes, as vezes é preciso um aglomerado de coisas pequenas para se criar algo muito grande, em outras ocasiões algo muito pequeno já é mais do que suficiente para desencadear uma desgraça. E vai ser sobre isso que eu vou escrever essa semana... sei lá... hoje está parecendo que eu estou sendo objetivo demais... normalmente eu gasto umas duas páginas só para dar uma introdução...

Muitos já ouviram falar do efeito “bola de neve” que ocorro quando jogamos uma bolinha de neve pequena de cima de um morro e na medida em que ela vai rolando morro abaixo ela vai coletando mais neve por onde passa (pois o chão está cheio de neve) e concomitantemente ela vai ficando maior e maior até chegar em dimensões onde poderia facilmente causar uma desgraça... matar o gato do vizinho por exemplo... ou matar o próprio vizinho...

O curioso é que eu já adicionei “fazer uma bola de neve e empurrá-la do morro mais alto das redondezas” na minha lista de “coisas para fazer pelo menos uma vez na vida”. Esse item está bem perto de “fazer um boneco de neve”, “praticar snowboard e esqui”, “comer chocolate quente em frente a uma lareira”. É estranho querer fazer a bendita bola de neve mesmo sabendo que ela pode matar um povoado inteiro (principalmente se for jogada de cima do Everest). Mas as pessoas normalmente não ligam para o perigo, desde que em troca você receba uma quantidade maior de diversão. Se todo mundo ligasse mais para o perigo (e possíveis conseqüências) ninguém morreria de doenças do coração causadas por má alimentação, ninguém brincaria de paintball com medo de levar uma bolinha de tinta disparada em alta velocidade para dentro do nariz (sem falar que existe uma conexão entre o nariz e o cérebro [era por essa conexão que os antigos egípcios enfiavam um ferro em brasas para derreter o cérebro e coloca-lo em um jarrinho {obviamente o cara já estava morto e sem as tripas, essas era colocadas em uma banheira cheia de sal, ervas aromáticas e outras coisinhas e depois de 30 dias era colocadas de volta na barriga do defunto}]), é engraçado como ainda existem pessoas que jogam paintball sem proteger o nariz... Em compensação é graças a essa regra estranha ( muito divertimento + perigo de morte = não tem problema desde que tenha “muito divertimento” ) que existe o bungee jump, a montanha russa, a roleta russa e as brigas com facas.

Enfim, eu estava falando sobre pequenas coisas que geram grandes conseqüências. E a minha historia começa quando eu fui comprar uns chicletes. Eu não imaginava o que se pode acontecer quando você inocentemente compra chicletes. E assim sendo eu saí de casa e fui comprar os chicletes (somente eu acho estranho sair de casa e andar dois quarteirões somente para comprar uns chicletinhos?!). Eu gosto muito dos bigbig (marca de chiclete em forma de cubo), principalmente do de hortelã. Eu comprei um real de bigbig (uns 10) e estava mascando um quando voltei para casa para ir assistir um filme com a minha irmã. Quando esse bigbig tinha perdido o gosto eu joguei ele fora e ofereci um para a minha irmã. Quando eu coloquei o meu na boca eu vi na embalagem do chiclete um cara que tinha um recorde da maior bola de chiclete do mundo. Eu pensei que seria legal eu tentar também, então coloquei o resto dos bigbig na boca e comecei a mascar.

Já dentro do Shopping (pois o cinema fica dentro do Shopping) eu percebi que não poderia tentar criar a maior bola de chiclete do mundo se eu estava em um lugar publico, então eu decidi jogar fora o chiclete, até porque eu não poderia mascar chiclete e comer pipoca ao mesmo tempo. O problema começou aí.

Lá estava eu me preparando para jogar o chiclete fora no lixeiro quando eu me lembrei que o lixeiro que eu escolhi para jogar o chiclete fora ficava na frente do BOB’s do Shopping. E todos os clientes poderiam ver o momento quando eu ia jogar o chiclete fora. Obviamente isso não parece ser um agravante tão grande... só que eu me peguei pensando “qual seria a maneira mais educada de jogar um chiclete fora?!”.

Eu tinha um amigo que estava gripado e toda a vez que ele tinha que jogar o catarro fora ele se encaminhava da cadeira dele que ficava no fundo da classe para o lixeiro que ficava na frente da classe. Ao lado do lixeiro ele inchava os pulmões e soltava o ar pela garganta criando um atrito entre as paredes da garganta fazendo com que todo o muco (catarro) que estivesse acumulado ali durante horas saísse pela saída de cima (boca) e ele cuspia no lixeiro (para quem tiver fazendo cara de nojo eu só posso falar que é mais nojento engolir o catarro). E o pior é que ele não cuspia o catarro! Ele inclinava a cabeça lentamente em direção ao lixeiro e soltava o catarro aos poucos pela boca, criando um fiozinho de catarro e cuspe que ligava a bolota de catarro a boca dele. E parecia que ele estava ficando bom nisso. A cada dia que passava ele conseguia fazer o fiozinho ficar cada vez maior, fazendo parecer que a bolota de catarro estava praticando bungee jump.

Eu via aquela cena e via a cara de nojo de todos ao redor e ficava pensando se o certo seria engolir o catarro ou cuspi-lo no lixeiro.

Cada qual tem suas vantagens e desvantagens. Quando você engole o catarro você pode fazer isso de uma maneira com que ninguém perceba. Mas você nunca se perguntou quanto tempo demora para o estomago jogar fora esse catarro?! Eu ficava imaginando a pessoa engolindo e engolindo cada vez mais catarro e criando uma verdadeira sopa de muco no estômago. Sem falar que você poderia passar mal e vomitar tudo, ou seja, além de todos verem o seu almoço misturado com aquela gosma verde (que de tão verde, falta brilhar no escuro...) você estaria engolindo o catarro pela segunda vez (só que pelo sentido contrário...). E ainda fica pior!!

Quem já vomitou ao menos uma vez na vida, sabe perfeitamente que a boca fica com gosto de vômito por um bom tempo. E imagina só como deve ser o gosto de vômito misturado com catarro?! Deve ser horrível. Mas na verdade, eu acho que vomitar o catarro pode ser uma alternativa melhor do que deixar que ele siga o seu caminho.

Eu digo isso porque o próximo destino dele depois do estômago é o intestino. Claro... algumas pessoas podem pensar que não é tão ruim você ficar com o intestino cheio de catarro, já que ele normalmente é cheio de coisas piores e você nunca se importou com isso, certo?! ERRADO!!

A função do intestino é absorver. E ele absorve de tudo!! Menos fibras (que é o principal elemento formador das fezes [Se você não odiava, agora você vai odiar ouvir a sua mãe dizer que você tem que comer mais fibras... e sem falar na propaganda do iogurte “corpus”...]). E como você já deve estar imaginando... o intestino provavelmente vai absorver o catarro. Eu aposto que agora vocês não devem achar tão ruim a idéia de jogar fora o catarro...

É claro que o ponto negativo que jogar o catarro fora é que você deve faze-lo quando ninguém estiver olhando, o que atualmente é impossível já que tem gente pondo câmeras até dentro do carro.

Vocês devem estar se perguntando “Qual a relação entre o catarro do garoto aí da historia com o chiclete do inicio da historia?”, caso essa pergunta não tenha passado pela mente de vocês eu devo dizer que vocês estão acompanhando a historia da maneira certa... enquanto eu que voltei a escrever agora me perdi todinho (eu estava escrevendo esse artigo até fazer uma pausa. Durante essa pausa eu fui tomar um pouco de água e comer alguma coisa e acabei ligando a TV. Estava passando um bom filme e resolvi assistir uma parte. O tempo foi passando e eu acabei assistindo o filme todo e fui jogar um pouco. Depois de algumas horas eu fui fazer outra pausa e no caminho eu percebi que o computador estava ligado e eu me lembrei que eu estava no meio do artigo para o blog. Eu queria continuar mas já tinha perdido a motivação para escrever e a pausa acabou virando uma interrupção...).

Depois de reler alguns parágrafos e me atualizar... eu estava pensando na maneira mais educada para se jogar um chiclete fora. Primeiro eu pensei em como normalmente eu jogaria um chiclete fora. Vejamos... eu normalmente posicionaria minha cabeça em cima do lixeiro inclinando ligeiramente minha coluna. Depois eu olharia o lixeiro virando a minha cabeça para baixo deixando-a em uma posição horizontal. Depois de calcular a velocidade do vento e fazer os acertos adequados eu simplesmente abriria a boca e deixaria o chiclete rolar para fora e fazer um trajeto alucinante em queda livre da minha boca para o lixeiro. Esse é o meu método padrão.

Porém sempre tem aqueles lixeiros que possuem entrada lateral, como aquelas latas de lixo que é toda fechada e tem uma portinhola no lado, normalmente encontrada nas ruas. O meu primeiro pensamento quando eu lembrei desse tipo de lixeiro foi “Mas porque diabos alguém ia fazer um lixeiro com a entrada pelo lado!?”, mas depois de pensar um pouco eu percebi que essa entrada lateral é estratégica para que não caia água dentro do lixeiro quando este estiver exposto a chuva e por manter o lixeiro sempre fechado essa entrada evita que ele exale o mal cheiro. Felizmente o lixeiro do shopping é do tipo que é aberto em cima. Na verdade o lixeiro do shopping é trabalhado em madeira e plástico fazendo dele um lixeiro muito bonito por sinal dando um ar bucólico para o ambiente...

Vendo por esse ângulo eu acabei percebendo que esse método era satisfatório e eu já estava quase iniciando a operação “jogando o chiclete fora” quando eu percebi um pequeno detalhe que me havia fugido a mente. Eu estava mascando uma boa quantidade de chicletes ao mesmo tempo e este já estava ocupando boa parte da minha bochecha (na verdade eu já estava quase mastigando de boca aberta... poxa... agora me deu uma saudade da minha juventude... era cada idéia louca...). Imediatamente após eu me lembrar desse fato eu relembrei a historia do garoto gripado e percebi o quanto uma bolota de chiclete poderia se parecer com uma bolota de catarro... e se você imaginar a cena você terá de concordar que ela é bem ridícula.

Vamos fazer uma pequena pausa (não para tomar um pouco de água senão esse tópico não vai ver a luz do dia nunca...) para imaginar a cena. Como um bom narrador eu vou lhe ajudar a ter uma pequena idéia do que passou pela minha mente naqueles segundos. Eu sou uma pessoa detalhista e desde a minha juventude eu sempre tive o dom do pensamento... na verdade eu sempre fui capaz de ir para o mundo da lua e prestar atenção no que alguém falava... e esse é um dom extraordinário se você se lembrar o quanto pode ser enfadonho uma conversa com alguém que você não gosta e/ou sobre um assunto que você não se interessa. Imagine só a possibilidade de poder devanear em sua mente um dos vários assuntos que você poderia estar pensando enquanto escuta alguém falar de algo que você não está interessado em ouvir, mas por motivos diversos não quer falar isso diretamente para a pessoa que está falando. Na medida em que eu envelheci eu percebi que eu ficava cada vez melhor nisso. Eu conseguia pensar em vários assuntos muito rapidamente e foi graças a essa habilidade que eu consegui pensar nesse texto todo em poucos segundos e ao mesmo tempo pude pensar em como poderia ser a situação de quem estava comendo, já que é por causa deles que tudo isso começou.

Imagine que você, meu caro leitor, está com fome e resolve comer uma bela refeição no Bob’s. Eu particularmente aconselho a comprar um milkshake porque eu já comi aqueles sandubas do Bob’s e eu achei decepcionante. Aqui onde eu moro em cada esquina tem uma barraquinha que vende sanduíche e em boa parte delas as refeições são deliciosas. Isso porque eles se preocupam em sabor enquanto o que eu comi no Bob’s foi um sanduba em um pão enorme com um monte de ingredientes gigantes... isso tudo banhado em molho de soja... (glutamato monossodico...). Eu além de não gostar do sabor, do aroma e da aparência (porque ele na foto é uma maravilha, mas ao vivo é um monte de ingredientes jogados de qualquer jeito por alguém que não tem sentimento pela culinária...) ele ainda por cima não cabe direito na boca, é muito caro e te lambuza todo com molho shoyo.

Continuando... Você resolve comprar o sanduíche (já que assim fica melhor para dar um bom exemplo do que passou pela minha cabeça naquela hora). Você é atendido por uma jovem simpática que fica no caixa e espera um tempo que pode ser longo ou muito curto dependendo do movimento da lanchonete e do estado de humor do chapeiro... e finalmente depois de uma eternidade chega a bendita comida, algumas pobres criaturas ainda precisam esperar em pé porque já não tem mais mesas e o Bob’s do shopping não fica perto da praça de alimentação, por motivos que até hoje eu desconheço e ignoro. Mas hoje você consegue uma mesa e se senta naqueles bancos fixos que ou te deixam longe demais da mesa onde você precisa entortar a sua coluna até os seus ossos comecem a doer e te ameaçarem de uma futura hérnia de disco ou te deixam tão próximos da mesa que você precisa comer com os braços colados ao corpo e você fica se sentindo como um pingüim com aqueles bracinhos curtos que não servem para fazer nada. E o pior acontece quando você cresce muito rapidamente e em uma hora você precisa se esticar para alcançar a comida e em menos de um ano você está se sentindo como um pingüim e ao mesmo tempo suas costas doem por causa da hérnia de disco.

Mas isso não é nada que vá tirar o seu bom humor (que já não está TÂO bom assim por causa da comida, da fila, da espera e da mesa...). E lá está você no momento do juízo final diante do réu (comida) e você se sente poderoso sendo você o advogado, juiz e carrasco daquela presa que te fez esperar e sofrer nas mãos de uma multinacional (podendo ser também o restaurante da praça de alimentação...). Você até que gostaria de que ela ainda estivesse viva para olhar nos seus olhos e ver os pedidos mudos de suplica que te estimulariam ainda mais a come-la e se deliciar com o seu sabor que foi temperado com a vingança!! HUHAHAUHUAHAUHAUHAUHAUA!!

Ah... a primeira mordida... você se prepara para o ato que consagrará o fim da existência daquela refeição que te custou tanto de sua saúde mental e física e ainda poderá de dar um belo de uma artéria entupida... você o agarra enfiando as unhas pelo plástico/papel e sentindo o pão ceder a pressão de seus dedos e sabe que não importa o quanto ele se debata em suas mãos ele não vai escapar. Você o levanta bem devagarzinho em direção a sua boca, bem devagarzinho para sentir toda a emoção que aquele momento lhe proporciona... você já está escancarando a sua boca sentindo a saliva fluir solta pelos seus dentes e se prestar bastante atenção poderá ouvir o rugido do seu estômago que já está ansioso pela sua próxima vitima... até que você tomada pelo êxtase olha para frente e presencia aquela cena... um cara mexendo e remexendo algo dentro da boca com a língua... aquela cena te atraí por algum motivo... talvez a curiosidade de saber o que é aquilo que ele está fazendo... por que alguém estaria parado na frente de uma lixeira ao lado de uma menina fazendo algo estranho com a boca... você já até esqueceu a sua comida e instintivamente está abaixando os braços e deixando que ela viva um pouco mais... mas parece que sua curiosidade já vai ser morta porque ele se inclinou em frente a lixeira e está abrindo a boca... o que é aquilo que ele vai fazer?! De repente você se depara com uma bola enoooorme de aspecto suspeito e VERDE!! Meus Deus do Céu!! Aquilo ali é catarro?!

NÂO!! DEFINITIVAMENTE NÃO!! Não serei eu a interromper um ritual de matança por ódio e vingança!! Se eu simplesmente jogasse o chiclete fora eu poderia ser o responsável por várias pessoas desistirem de comer por perder o apetite e isso definitivamente não é nada bom. Então eu pensei em outros métodos de se jogar o chiclete fora... eu pensei em pegar com a mão e joga-lo no lixo, mas para isso eu precisaria de um guardanapo... mas isso poderia piorar ainda mais a situação porque daria asas a imaginação das pessoas...

-O que era aquilo que ele tirou da boca?!

-Parecia que o guardanapo estava com sangue...

-Ele é tuberculoso!?

-Putz... perdi o apetite...

Talvez eu devesse... ou tentasse... não importava o quanto eu pensasse as idéias eram piores e piores... Então eu percebi que se eu vivesse pelo o que os outros pensassem sobre mim eu nunca iria comer pipoca...

Eu estufei o peito de ar e me aproximei do lixeiro... e já não era hora porque a minha irmã já estava ficando impaciente... eu inclinei a cabeça e deixei o chiclete rolar pela minha boca com um leve impulso da minha língua e grudar nos meus lábios... grudar nos meus lábios!? P!@)@&$(*&#)(*$&@)(*#$@&!

Lá estava eu com aquela bolota de chiclete grudada nos meus lábios... eu pensei rápido e percebi que deveria joga-la fora antes que o pior acontecesse. Eu comecei a usar a língua para tentar desgrudar ela dos lábios e eu já estava parecendo um ator pornô e não conseguia desgrudar aquele chiclete da boca. Tive que fazer a mesma coisa que o cara do filme pornô faria caso a língua não desse certo... eu tive que usar os dedos... (putz... ô comparação cretina...)

Eu tirei o chiclete dos lábios com a ponta dos dedos e como quem já me conhece de longa data já deve ter imaginado a p%$@ do chiclete grudou nas minhas mãos e eu já tinha até pensando em usar a mão esquerda para limpar a barra da mão direita, mas esses muitos anos de dores já tinham me ensinado que “sempre pode piorar” e eu já me imaginava como aqueles desenhos animados quando resolvem brincar com cola rápida e acabavam presos em um emaranhado de fios de cola. Eu teria que resolver isso somente com a mão direita e com menos dedos o possível.

A bolota ficou presa no indicador e eu estava usando o polegar para tira-la. E lá estava eu tirando o chiclete do indicador só para ver ele grudar no polegar... E eu já estava entretido naquela batalha épica quando eu dou uma olhadela para o lado e percebo que minha irmã já estava morrendo de rir e se afastando aos poucos... família é tudo igual mesmo... e eu juro que naquele momento me faltou forças para dar uma olhada no Bob’s e averiguar se alguém estava olhando... eu percebi que aquilo já estava durando muito e resolvi esfregar o dedo na beira do lixeiro para grudar o chiclete ali (no saco plástico do lixeiro...).

Vocês podem acreditar que a criatura ainda me deixou um fiozinho de chiclete de ligava descaradamente o meu dedo ao lixeiro me obrigando a passar o meu dedo uma segunda e terceira vez para me ver livre daquele chiclete?! Depois de tudo isso eu ainda fui ao Bob’s com a dignidade de um rei pegar um guardanapo para limpar a mão e fiz questão de jogar no mesmo lixeiro que ficou o chiclete... embora eu não tenha tido coragem de olhar na cara de ninguém que estava comendo com medo de que me mandassem aquele olhar fulminante dizendo “acabou com a minha alegria...”

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Eu te amo

Olá a todos,

Novamente eu estou aqui para falar sobre um pensamento que me veio durante um dos meus interessantes momentos da vida... lá estava eu sentado em uma cadeira quando uma dúvida atravessou a minha cabeça como um raio!! Ficaram curiosos?! Espero que sim, caso contrário isso significaria que eu talvez estivesse escrevendo algo enfadonho e isso é a ultima coisa que eu iria querer.

Eu tinha ido para a minha aula de inglês e estava tudo indo bem... hummm... sabe, quando eu digo que “estava tudo indo bem” eu quero dizer que “não havia nada de incomum acontecendo” e conseqüentemente se a aula é uma zona então no momento em que a aula se torna pacífica ela automaticamente deixa de ser uma aula em que tudo “está indo bem”. Porém algo que me impressiona até os dias de hoje é que na minha aula de inglês existem apenas dois alunos e eu já estou contando comigo.

Deixe-me eu explicar, eu estudo em uma escola de reconhecimento nacional... na verdade eu acho que ela tem filiais em outros países também... tomara que a minha diretora/ex-professora/atual colega de academia não esteja lendo esse tópico, caso contrário ela pode ficar chateada por eu não saber muito sobre a minha própria escola. Continuando, essa escola que fica aqui no meu estado tem uma matriz (onde eu não faço a menor idéia de quantos alunos estudam lá...) e a filial que foi aberta muito recentemente que é onde eu estou estudando atualmente. E é engraçado eu estar explicando o fato da minha turma (a menor de todas que eu já vi [inclusive nesse próprio colégio porque as outras turmas parecem ser maiores {no mínimo com cinco pessoas}]) ter apenas dois alunos porque eu nunca vi as turmas que são formadas no colégio matriz e não sei se é tão incomum assim ter uma turma com tão poucos alunos.

Continuando novamente, como na minha sala existem apenas dois alunos a aula flui com mais facilidade porque a professora pode nos dar mais atenção e temos até momentos de descontração durante a aula onde podemos conversar (em inglês é claro!) sobre coisas da vida para relaxar um pouquinho, novamente espero que a minha diretora/ex-professora/atual colega de academia/talvez futura amiga brava não esteja lendo isso. E lá estava eu com uma cara de sono extremo me esforçando ao máximo não dormir durante a aula quando a minha professora me viu e pensou que eu estava triste e me perguntou o porque de eu estar com aquela cara de cão sem dono.

Eu estava pensando sobre como descrever a situação que eu estava vivendo quando me veio em minha mente uma boa interrogação. Por que ela confundiu a minha cara de sono com uma cara de tristeza? Eu aqui estou eu pensando nessa bronca. E acabo de notar que muitas vezes uma cara de sono é confundida com uma cara de tristeza. As vezes uma cara de nojo pode ser confundida com uma cara de dor. E até mesmo um espirro pode ser confundido com uma tosse ou uma risada pode ser confundida com um ataque epilético. Apesar de ser um bom assunto, talvez até gere um bom tópico a parte (desses que eu crio toda semana [exceto uma semana em especial que eu acabei não criando tópico nenhum {até porque ele se transformou de um tópico singelo em um tópico gigante!!}]) eu estou criando uma nova política de não viajar na maionese enquanto se cria um novo tópico para que este não sai atrasado, talvez fumar um pouquinho de grama durante a criação, mas viajar na maionese com direito de inalar pó de pipoca JAMAIS!! (talvez se eu não conseguir me segurar...)

Continuando de novo, eu acredito que certas faces são confundidas por causa de suas características únicas e/ou falta de características e/ou semelhanças com características de faces diferentes. Sabe... eu acho que compliquei demais... deixa eu descomplicar um pouco. Vou tomar como exemplo uma amiga minha, ela simplesmente NÃO RI! Obviamente se eu contar uma piada ela irá dar uma boa risada, mas ela não é o tipo de pessoa que fica com um bom sorriso na cara, ou seja, ela pode estar muito triste ou muito alegre, mas a expressão facial que ela demonstra é a mesma! Todo mundo que a vê pensa que ela é uma pessoa triste e aqueles que a conhecem perguntam o porque de ela nunca sorrir, ela simplesmente responde algo como “o fato de eu não sorrir o tempo todo não faz de mim uma pessoa triste!”. Acho que ninguém a compreendia direito, mas eu acho que entendia... era como se ela se sentisse confortável com a expressão dela e nunca tivesse dado muita importância em sorrir quando estava feliz, por isso ela acabou não desenvolvendo a habilidade de se expressar pela expressão facial, mas isso não significa que ela era uma pessoa triste, ela só “parecia” estar triste. E como eu acredito que é o interior que importa (em determinados casos, é claro!) eu nunca me importei muito com isso.

Agora que eu reli o parágrafo anterior eu acabei percebendo que eu não expliquei nada sobre a primeira frase... Bem, eu quis dizer que algumas pessoas tem naturalmente uma cara que engana. Por exemplo, o buldogue (raça canina) sempre parece ser um cachorro bravo, violente e de poucos amigos com aquela cara amassada, mas no fundo eles são muito carinhosos. Essa foi a explicação da primeira parte da frase. Existem também outras pessoas e criaturas cuja expressão facial adquire traços característicos de outras faces. Por exemplo, existem pessoas que tem os olhos semi abertos e puxados para baixo (como eu) e estes parecem com olhos de pessoas tristes (é só lembrar os olhos do Silvéster Stallone), sendo assim toda vez que esse tipo de pessoa não está sorrindo (com cara de sono por exemplo) ela irá se parecer com uma pessoa que está triste. E essa foi a explicação para a segunda parte da primeira frase do parágrafo anterior.

E foi por isso que a minha professora pensou que eu estava triste quando na verdade eu estava com sono. Pronto! Finalmente respondi a minha pergunta a qual você, meus caros leitores, não precisavam saber a resposta se não quisessem e/ou se já sabiam da mesma. Desculpem-me se eu os fiz ler três parágrafos desnecessários.

Continuando (O Retorno), ela comentou que eu estava com uma cara triste e quis saber o porquê. Antes de continuar eu devo contar um pouco da minha relação com os professores dessa minha escola de inglês. Ela fica em um apartamento de um prédio residencial e comercial. É um apartamento de tamanho médio e lá eu já tive aula com uns cinco professores diferentes, isso porque devido ao horário tanto dos alunos como os dos professores eles acabam dando um semestre e trocando de lugar com outro professor, mas ainda assim de vez em quando um desses professores antigos aparece por lá para substituir um outro professor que não pôde comparecer.

Existem duas salas de aulas (o que é suficiente para atender a demanda) e enquanto eu tenho aula na sala A existem outra turma tendo aula na sala B (uma turma para crianças), por isso sempre tem dois professores por lá quando eu vou ter a minha aula. Dois professores e mais a secretária/agente administrativa/subgerente (se eu não me engano)/faz tudo/semi-escrava. É engraçado falar dela porque toda vez que eu chego lá e fico parado na frente do vidro fumê eu a vejo chegar perto da porta (a porta fica trancada e é aberta por dentro toda vez que eu chego...) com aquela cara de morte e somente depois que ela abre a porta ela dá um sorrisinho e isso se ela der... Todas as vezes que eu vou lá eu falo isso para ela e digo que ela tem que sorrir mais. Na hora até que ela sorri um pouco e reclama um pouco também, mas depois ela volta para aquela cara de preocupada.

Continuando (Forever), a minha professora me perguntou o porquê de eu estar triste e eu falei para ela em tom de brincadeira que eu estava triste porque a secretária/agente administrativa/subgerente (se eu não me engano)/faz tudo/semi-escrava/possivelmente uma pessoa fula da vida se ler esse tópico não sorria quando eu chegava e isso me deixava triste. O problema começou aí, já que ela pensou que eu estava falando sério. E a primeira coisa que veio na cabeça dela era que eu estava apaixonado por ela (secretária/agente administrativa/subgerente (se eu não me engano)/faz tudo/semi-escrava/ possivelmente uma pessoa fula da vida se ler esse tópico/que sorri de vez em quando) e foi exatamente isso que ela me perguntou.

A secretária/agente administrativa/subgerente (se eu não me engano)/faz tudo/semi-escrava/ possivelmente uma pessoa fula da vida se ler esse tópico/que sorri de vez em quando (mesmo tendo um sorriso bonito) é uma pessoa bonita, da minha idade, não faço a menor idéia se ela é descompromissada e eu vi naquele momento que talvez eu realmente estivesse apaixonado por ela. No momento em que ela me perguntou isso a aula tinha acabado de acabar (se eu me lembro bem...) e eu tive um daqueles momentos de lampejo. Momento o qual eu normalmente me entrego de corpo e alma em uma batalha incessante entre minhas várias personificações mentais (ver tópico “Chateação II”) para chegar em uma conclusão sobre essa questão que se formou em minha cabeça: “Eu amo a secretária/agente administrativa/subgerente (se eu não me engano)/faz tudo/semi-escrava/ possivelmente uma pessoa fula da vida se ler esse tópico/que sorri de vez em quando (mesmo tendo um sorriso bonito)/que poderá se interessar por essa parte do meu tópico já que a mesma está diretamente ligada a ela [caso queiram saber eu a chamo desse nome longo que acaba crescendo e crescendo por dois motivos simples. O primeiro é que eu não quero citar o nome dela, que é relativamente curto, porque ela não me autorizou a fazer isso. E o segundo motivo é que dessa maneira é mais engraçado e estimula a minha criatividade])?!”.

Eu não sei se isso acontece somente comigo, mas de vez em quando eu me pergunto se o que eu sinto por uma pessoa é amor ou amizade. Já houve casos em que eu pensei estar apaixonado e na verdade o que eu sentia era apenas amizade. Foi então que eu usei o meu “Fantástico Método Ainda Não Padronizado e em Fase de Testes de Como Resolver uma Questão Longa e Complicada”. Bem, eu preciso dar uma leve explicação sobre esse método. Eu sempre dialoguei bastante (comigo mesmo normalmente) para resolver uma questão e em boa parte dos casos uma questão levava a outra e tudo acabava não dando em nada. Daí eu resolvi criar esse método para que eu possa resolver a questão da melhor maneira possível sem fritar o meu cérebro.

O primeiro passo do método é ser objetivo e criar uma pergunta que responda tudo. Eu tenho um grande ditado e ele diz que “as pessoas não sabem o que realmente querem da vida. Normalmente porque elas pensam em “como” conseguir algo e não “o que é” esse algo” (frase de minha autoria). Vejam bem, o maior desejo que muitos tem é “ganhar na mega-sena”. Mas eu SEI que isso na verdade é apenas uma ilusão. Veja bem, saiu uma reportagem (eu não lembro onde) e apareceu nessa reportagem o que se deu de muitas pessoas que ganharam na mega-sena. Muito deles perderam todo o dinheiro porque não souberam como gasta-lo. Teve um cara que gastou tudo comprando um bocado de carros novos e pagou tudo a vista. No fim ele perdeu a grana toda nessas porcarias e eu nem sei o que ele fez com esse monte de carros. Teve outro cara que gastou tudo investindo em um time de futebol do interior e não importou o quanto ele investiu o time não ganhou nada e ele faliu. Viram?! Essas pessoas poderiam ter pedido “saber como gastar o dinheiro” ao invés de querer ganhar na “mega-sena”. Ou simplesmente pedir “ganhar tanto dinheiro no meu emprego que eu não consiga gasta-lo”, mas esse pedido também é falho porque você poderia acabar tendo um grande emprego em uma multinacional e ter que trabalhar 16 horas por dia sem folgas e acabaria não tendo tempo para se divertir e muito menos para gastar o seu dinheiro. É baseado nessa informação que eu preciso primeiro criar a pergunta certa e somente assim ter a resposta certa. Uma resposta que resolva todas as minhas dúvidas. Uma resposta que não abra brechas para eu criar novas dúvidas futuras.

No fim eu sou um mero humano e por causa disso eu ainda não consigo fazer perguntas tão boas assim, mas eu consigo fazer perguntas aceitáveis (até porque o meu “Fantástico Método Ainda Não Padronizado e em Fase de Testes de Como Resolver uma Questão Longa e Complicada” está ainda em fase de testes e criação. Eu acabei criando uma pergunta que acabou não sendo aquilo que eu esperava ser (na verdade o meu pensamento sempre voa para lugares que eu não esperava ver [depois eu crio um tópico falando somente sobre o meu “Fantástico Método Ainda Não Padronizado e em Fase de Testes de Como Resolver uma Questão Longa e Complicada”]). A pergunta que eu criei para resolver a questão é “o que diferencia a amizade do amor?!”.

Acho que quem vê de fora (fora do meu pensamento...) acha que essa é uma pergunta que não resolverá nada... talvez existam pessoas (espero que muitas) que tenham pegado a idéia da pergunta logo de primeira, pois é isso que eu quero. Eu quero criar uma pergunta a qual respondida possa resolver todo o problema e que seja uma pergunta tão simples que não se precise pensar durante horas para se obter a resposta e ao mesmo tempo seja algo tão poderoso que possa ser escrito um livro sobre ela. É claro que uma pergunta apenas não gerará todas as respostas que o mundo precise, mas espero que ela resolva todas as dúvidas sobre o assunto sobre o qual ela foi criada (caso queiram saber, o assunto da pergunta é tão importante quanto a própria pergunta. O assunto é “amor ou amizade?!”).

Após criada a pergunta eu comecei a trabalhar mentalmente para resolve-la. Eu devo dizer que quando eu escrevo, eu procuro mostrar o máximo de detalhes o possível para passar para os meus leitores o exato sentimento que eu passei naquele momento, mas por causa disso algo que durou uns 10 segundos acabou gerando 4 páginas de texto na fonte tamanho 10. É isso mesmo! Durante todo esse texto eu descrevi os primeiros 10 segundos da situação e isso inclui a pergunta da minha professora sobre eu estar triste, a minha resposta, a outra pergunta dela (sobre eu amar a... vocês sabem quem [deve estar chato pacas eu escrever “secretária/agente administrativa/subgerente (se eu não me engano)/faz tudo/semi-escrava/ possivelmente uma pessoa fula da vida se ler esse tópico/que sorri de vez em quando (mesmo tendo um sorriso bonito)/que poderá se interessar por essa parte do meu tópico já que a mesma está diretamente ligada a ela/isso se ela chegar a ler esse blog (já que eu ainda não divulguei o blog para os meus amigos...)”] e o que resultou o meu pensamento durante os 3 segundo seguintes a pergunta dela. As coisas na minha cabeça funcionam muito rapidamente, principalmente se eu preciso de uma resposta para uma pergunta imediata. Por isso eu já estava finalizando o meu pensamento sobre a questão quando nós (eu, a minha professora e a minha irmã [ela é a outra aluna da minha classe]) tínhamos chegado ao salão de entrada onde estavam a secretária (eu me cansei de escrever aquele nome grandão...) e o professor da sala B que também tinha acabado de dar a aula dele (inclusive todos os alunos dele já tinham ido embora). O problema agora era explicar resumidamente o resultado do meu pensamento para responder a pergunta. Agora é que vem o verdadeiro problema. Como eu vou explicar resumidamente um pensamento? Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras. E eu digo que “um pensamento não pode ser medido” (frase de minha autoria). E se for um pensamento sobre um sentimento... então eu poderia afirmar que este pensamento pode se tornar tão extenso que mesmo que o sol do nosso sistema solar fosse ligado em um computador para lhe fornecer energia ele não conseguiria mantê-lo ligado tempo o suficiente para que eu (ou qualquer pessoa no mundo) pudesse explicar com 100% de detalhes esse pensamento em um livro.

Mas não existe ser humano no mundo que tenha conseguido viver mais que o sol então eu deverei ser sucinto e explicar a vocês, meus caros leitores, o que eu expliquei para todos que estavam naquele saguão de entrada. Eu cortarei alguns fatos do que ocorreu lá porque eu guardei um pouco do material desse tópico para falar em outro tópico porque ele está ficando muito grande.

É aqui que começa o verdadeiro motivo para que eu começasse a escrever esse tópico (nota: é madrugada e a TV está muito alta e está difícil pensar... talvez eu deixe esse tópico para ser escrito amanhã mas eu queria terminar de criar esse tópico ainda hoje...)... E o pior é que depois de dar uma “revisada mental” sobre tudo o que resta escrever eu acabei descobrindo que ainda falta muito para escrever. Sendo assim eu resolvi deixar para escrever o resto amanhã já que eu acredito que se eu continuar escrevendo agora (quando eu estou fisicamente e mentalmente cansado) o tópico não terá a mesma qualidade que ele teria se eu o escreve quando estivesse descansado.

... Agora sim! Depois de ter dormido uma boa noite de sono e acordar renovado eu estou pronto para continuar!

Então não vamos perder mais tempo e vamos logo para a resposta da pergunta “o que diferencia a amizade do amor?!”. Bem, em primeiro lugar eu tive que elaborar uma explicação para a “amizade” e o “amor”. Para mim a amizade é quando você gosta da presença de uma pessoa e a quer bem. Você gosta dessa pessoa e a quer do seu lado para conversar, desabafar, fazer coisas juntas (como jogar, ir ao shopping, ver filmes). No fim a amizade é quando você gosta de alguém e esse alguém também sente esse sentimento por você, caso contrário isso seria algum tipo de ilusão onde apenas uma pessoa gosta da outra e a outra ignora essa pessoa.

E o amor é a mesma coisa da amizade só que em um nível mais carnal. Eu vejo o amor como um tipo especial de amizade (amor em relação ao ficar, namorar, noivar, casar e morrer junto [ou qualquer um dos segmentos anteriores não precisando seguir essa ordem e/ou cumprir o roteiro inteiro]) onde ambas as partes estão de acordos com um contrato não escrito em que permitem ao amigo (atual ficante, namorado, noivo ou esposo) lhe dar carícias as quais são intimas demais para serem dadas por um amigo qualquer. E esse contrato é um contrato de exclusividade, no momento em que ele é firmado você está jurando lealdade eterna durante o relacionamento.

Foi depois que eu estipulei o que é a amizade e o que é o amor é que eu percebi que ambos são muito parecidos e que o que muda entre eles é apenas o jeito como cada um se relaciona. Só então eu percebi que a amizade é um “tipo” de amor. Eu realmente havia esquecido isso por um momento, o amor pode ser demonstrado de várias formas diferentes! Você sente amor pelo seu amigo, pelos seus pais, pelo seu namorado, pelo seu cachorro e até mesmo por pessoas que você vê sofrendo de fome e desgraças na TV. O problema é que hoje em dia a palavra “amor” parece estar sendo usada apenas para designar pessoas que querem ter um relacionamento (ficar, namorar, noivar e casar). Tanto é verdade que se você chegar com um amigo seu e lhe perguntar se ele te ama ele vai logo pensar no “mau sentido” (embora eu ache que não exista mau sentido quando se fala em amor verdadeiro).

Mas se amar o seu namorado é quase a mesma coisa que ter um amigo (no sentido de que ambos são um tipo de “amar”), então qual é a diferença entre “amor” e “amizade”?!

O amor é um sentimento e este sentimento pode ser interpretado e exercido de diversas maneiras. O amor que você sente pelos seus pais não é o mesmo pelo qual você sente pelo seu amigo assim como não é o mesmo que você sente pelo seu namorado. Sendo assim um amigo não poderá ser amado como um pai, obviamente que existem pessoas as quais que você ama de tal maneira que elas mudam de posição na sua vida amorosa (vida amorosa = a vida que você leva com todas as pessoas que você ama [incluindo os seus parentes e amigos]). Pessoas como por exemplo um amigo muito querido seu que você o ama com mais intensidade e acaba amando ele de uma maneira diferente, você acaba amando ele como se ele fosse um irmão para você.

E foi pensando nisso que eu acabei percebendo que existem níveis diferentes de se amar. Vejam bem, esses níveis são como uma teia de aranha onde de um ponto central partem diferentes ramificações que representam uma maneira diferente de se amar. Deixem-me explicar: o ponto central dessa teia de aranha que é de onde saem todos os fios é representado pela amizade. A amizade é a base do amor, para você amar alguém você precisa ser NO MÍNIMO um amigo para ela.

Dessa amizade saem o amor dos pães, dos irmãos, dos amigos íntimos, da namorada e cada tipo de amor desse (sendo que podem existir outros) segue uma teia diferente que sai do ponto central da teia. Depois que um fio desse sai do centro ele pode seguir diferentes caminhos até chegar no fim da teia que normalmente terminha em um galho de árvore. Vamos pegar um exemplo simples:

Você ama uma pessoa e esse pessoa é considerada automaticamente seu amigo se ela também te amar. Daí você vira um amigo intimo para ela (você avança do centro da teia para um das teias adjacente até chegar em uma encruzilhada). Nessa encruzilhada você pode seguir diferentes caminhos. Você pode ser amado como um irmão ou como um namorado. Esse é um exemplo bem simples de como as coisas funcionam.

Então respondendo a minha pergunta “o que diferencia a amizade do amor?!” eu diria que o amor da amizade e o amor do namoro se diferenciam na sua intensidade, tipo e de sua maneira de expressar. Assim o amor do namoro é um amor mais intenso, cujo o tipo é aquele em que você quer ficar do lado dessa pessoa (sua amada) para o resto de sua vida e que você o demonstra de uma maneira a qual você não poderia demonstrar como um mero amigo (com beijos e caricias).

O problema dessa historia toda é quando alguém ama outra pessoa e esta não a ama da mesma maneira (e as vezes ela sequer ama a primeira pessoa [isso acontece quando os dois não são amigos e um não conhece o outro e este a ama loucamente e não tem coragem de falar isso]). Dessa maneira as pessoas tem medo de revelar os seus sentimentos e temem que ao fazê-lo a outra pessoa (a amada) o trate de maneira diferente e acabe por não considerá-lo mais um amigo (e muito menos um namorado). Mas eu digo que se vocês forem amigos de verdade isso não irá acontecer. Essa pessoa pode até te tratar diferente por não te amar da maneira como você a ama, mas vocês nunca deixaram de ser amigos por causa disso, talvez a amizade de vocês até fique mais forte. Mas eu não sou dono da verdade e pode ser que essa pessoa deixe de ser a sua amiga, mas eu acredito que isso ocorra por causa de alguns fatores.

O primeiro desses fatores é que no fundo vocês não eram amigos e/ou o amor que vocês sentiam um pelo outro não era tão forte assim (pelo menos um de vocês acaba por não amar o outro o suficiente para se manter uma amizade) e isso acaba por quebrar o laço de amizade que uniam vocês. O outro fator é que um de vocês (normalmente o apaixonado) não consegue manter “somente” uma amizade e não consegue manter essa proximidade e acaba achando melhor manter distância, até porque essa distância pode ajudar o coração a sofrer menos. O ultimo motivo que me vem a cabeça é que depois de revelado o desejo de amar como uma pessoa especial um ou os dois acaba por agir de uma maneira diferente e isso diminui o poder da amizade. Tudo o que eu posso dizer é que “é melhor amar e sofrer por amor do que nunca ter amado” (não sei de quem é a autoria dessa frase), e por isso é melhor você se revelar do que sofrer por algo que você não tentou. É claro que se a garota já estiver namorando é melhor você esperar que isso termine, caso não termine e ela acabar ficando noiva do cara então é melhor você se contentar e partir para outra porque se isso aconteceu então ela deve estar feliz com ele. Só que se você sentir que o seu amor é mais forte do que qualquer barreira que possa ser imposta em seu caminho, se você sentir que o seu espírito não conseguirá ser feliz ao lado de outra pessoa, se você sentir que o seu corpo queima na presença dela, ENTÃO VÁ A LUTA!! Isso mesmo! Não se amedronte por ela estar namorando, ou mesmo se ela estiver noiva (se estiver casada eu acho que é melhor você ir com cuidado...) se declare e diga o quanto o seu amor é grande. Talvez ela seja mais feliz ao seu lado do que ao lado dele, mas de uma coisa eu tenho certeza... VOCÊ NUNCA SABERÁ SE NÃO TENTAR!! (o problema é que falar é fácil, o difícil é fazer [escrever então nem se fala...]).

Comigo acontece algo peculiar. O meu amor é infinito e por causa disso eu distribuo ele facilmente, e isso chega a ser ruim. Eu não posso conversar com uma pessoa por 1 minuto que eu já o considero meu amigo. Eu também não consigo ficar com raiva de uma pessoa por muito tempo, eu quando deixo de me controlar eu fico muito explosivo (porque eu sou daquele tipo que dá um boi para não entrar em uma briga, mas dá uma boiada para não sair dela), mas depois de algumas horas e já esqueci tudo. Eu já considero um amigo intimo aquele com quem eu falo todos os dias (tirando os finais de semanas e feriados) durante um mês.

O que acontece é que por causa disso eu tenho um coração muito aberto e considero toda amiga minha (que esteja descompromissada, tenha um bom senso de humor e que quando nós conversamos a conversa flua naturalmente) uma namorada em potencial. É um tanto difícil para mim dizer com 100% de certeza se eu estou apaixonado por alguém porque com um coração aberto como o meu eu posso estar apaixonado por qualquer pessoa e não saber... E por causa disso eu também via a minha amiga como futura namorada, até porque eu posso facilmente me imaginar uns 20 anos no futuro, e se eu conseguir me imaginar nesse futuro de 20 anos a frente casado com essa pessoa, então eu posso supor que eu estou apaixonado. E eu poderia me imaginar casado com ela.

No fim eu disse algo como:

-O amor e a amizade são formas de amar e é por isso que eu digo que eu amo ela (isso eu falando na frente de todos depois de ter explicado a situação em que a minha professora me meteu). Hoje em dia as pessoas parecem ter esquecido o verdadeiro significado da palavra “amor”. Dizer que você ama alguém não deve ser interpretado com malicia e sim como algo bom.

Eu acredito que todos me entenderam. Eu acho que eles ficaram na dúvida se eu a amava como namorada ou somente como amiga, mas eu preferi deixar a dúvida no ar...

sexta-feira, 12 de junho de 2009

A caça e o caçador

Ohayo gozaimasu a todos,

...

Na verdade se eu fosse por no japonês a frase inteira ficaria algo como:

A todos ohayo gozaimasu,

Estamos entrando em uma nova semana e como não deixaria de ser eu estou começando a criar um tópico novo... é engraçado eu começar o tópico com essas palavras porque quando eu for postá-lo já estará no fim da semana e eu, obviamente, não estarei criando um tópico novo porque eu já acabei de escrever e postar o dito “tópico novo”, sendo assim eu já comecei (terminei) a semana escrevendo (escrito) um bocado de mentiras... como diria o Patolino (vulgo Duck Dodger [aquele pato preto que aparece no programa do Pernalonga {embora na minha opinião ele seja mais engraçado que o Pernalonga, tanto que tem o seu próprio programa cheio de efeitos especiais (Duck Dodger) enquanto o velho Pernalonga tem que viver de reprises... e em segundo lugar eu colocaria o Gaguinho (aquele porco rosa...) como personagem mais engraçado}]) eu sou “um ser desprezível”!!

Já perceberam que eu nunca consigo manter um pensamento linear?! Eu sempre começo pensando em uma coisa que leva a outra e outra até que no fim eu comecei a falar de uns cinco assuntos diferentes e não consegui terminar nenhum sendo necessário que eu volte o texto todinho e me lembre onde eu tinha parado em todos os assuntos e termine um por um tendo em mente a difícil missão de não começar outro assunto (pois isso desencadearia uma reação em cadeia que me levaria a falar e falar como uma criança com hiperatividade depois de quase morrer afogada em uma piscina cheia de mel e xarope de glicose... isso me leva a pensar... onde essa criatura encontraria uma piscina de mel com xarope de glicose?! Talvez em uma realidade paralela onde existam abelhas gigantes produtoras de mel e que gostem de variar a dieta produzindo xarope de glicose, na verdade eles são quase a mesma coisa... e de onde vem o xarope de glicose?! E como é possível que um bando de insetos minúsculos consigam produzir litros e litros de mel?! Talvez... será possível que realmente existam abelhas gigantes que produzam tanto o mel como o xarope de glicose?! PU%@ QUE PA#!*!! Se isso for verdade alguém precisa tirar o pobre garoto hiperativo de dentro da piscina de mel com xarope de glicose... espera aí... se vocês fizerem isso ele vai falar e falar até que alguém morra [ou você por não conseguir ouvir uma palavra a mais ou o garoto depois de ser novamente jogado na piscina para que as abelhas se responsabilizem pela sua tutela...])... agora vejam como é a vida... eu comecei esse parágrafo fazendo um comentário sobre a minha incapacidade de ter um pensamento linear e acabei falando de uma invasão de abelhas gigantes produtoras de mel e xarope de glicose que inadvertidamente quase cometeram homicídio doloso (sem intenção de matar, mas se bem que nunca poderemos ter 100% de certeza sobre as verdadeiras intenções dessas malditas abelhas gigantes) contra um garoto hiperativo... se bem que é mais provável que ele tenha morrido mesmo... pelo menos ele não vai sair de lá de dentro sem uma boa diabetes crônica...

E o que é muitíssimo interessante (pelo menos para quem não tem nada o que ler...) é que eu nem sequer comecei a falar sobre o assunto dessa semana e eu já quase acabei de escrever uma página inteira! Humm... eu estou com fome... falar de mel e xarope de glicose me deu uma vontade de acabar com um pote de granola com cereal de milho e muuuuuuuito mel... só não entendo o porquê de eu estar escrevendo esse comentário aqui... mas isso me deu um boa idéia de um outro tópico...

É melhor eu começar a escrever esse tópico caso contrário eu vou perder tempo e ponta de dedo escrevendo... isso mesmo! Ponta de dedo! As vezes eu estou tão inspirado que não quero para de escrever por medo de que eu perca esse fio de pensamente que é tão tênue quanto o fio que uma aranha tece e acabo escrevendo e escrevendo até que as pontas dos meus dedos comecem a doer enquanto eu tenho a leve idéia de que se eu continuar assim os meus dedos irão começar a sangrar!! Mas ainda assim o gosto pela escrita e a vontade de agradar os meus leitores acaba me convencendo que é melhor eu agarrar aquele pensamento mesmo que só sobre os ossos nos meus dedos já que eu nunca saberei se me lembrarei daquela inspiração então é melhor eu aproveitar o momento e escrever tudo aquilo que me passa pela cabeça!!

Acho que para iniciar esse tópico eu deveria falar um pouco sobre o que me inspirou a fazê-lo. Só que existe um pequeno problema em falar sobre essa inspiração... é que eu não lembro de onde ela veio... Eu tenho uma pasta que contém todos os meus arquivos sobre o blog e dentro dessa pasta eu tenho um arquivo de texto intitulado “Idéias para novas postagens”. Eu sempre uso ele porque na medida em que eu vou escrevendo eu acabo tendo uma boa idéia sobre o que escrever só que eu tenho certeza que essa idéia pode virar fumaça dentro de poucos minutos e é por isso que eu as escrevo-as nesse arquivo de texto. Certo dia (semana passada [quando eu falo semana passada eu estou falando sobre a semana passada contando como hoje o dia em que eu postei esse tópico {lembrando que eu me atrasei para escrever esse tópico então você deve considerar o “semana passada” como “semana retrasada”, mas se isso começar a parecer muito confuso você deve simplesmente ignorar o que eu escrevi dentro desses parênteses, colchetes e chaves...}]) quando eu estava respondendo um comentário da semana retrasada (considerar a semana anterior a retrasada) eu tive uma idéia para uma nova postagem e fui escrevê-la no meu arquivo de texto e ao fazê-lo eu me interessei em ver todas as idéias que eu já tinha escrito. Normalmente eu sempre tenho idéias novas um pouco antes de começar a semana, e conseqüentemente o inicio da minha jornada para escrever um novo tópico, e eu acabo por não precisar escrever um tópico sobre um assunto antigo (dos quais eu escrevi no arquivo de texto).

Como eu ia dizendo, eu comecei a dar uma olhada nos títulos de possíveis novos assuntos e tive um bom momento de nostalgia. Lembrei de várias situações que me inspiraram a criar os tópicos que eu escrevi ali, me lembrei de tópicos antigos que eu já escrevi e li idéias das quais eu já nem lembrava mais e toda vez que isso acontecia eu pensava “poxa, essa postagem aqui é demais... talvez eu devesse postá-la nessa semana...”. E eu percebi que eu estava desvalorizando as minhas idéias antigas e somente postando as minhas idéias novas... E é por isso que eu estou aqui criando esse tópico. Eu decidi começar a postar somente as idéias antigas e deixar as idéias novas para depois. Assim eu vou postar os tópicos por ordem cronológica.

Eu sempre gosto de escrever/falar tudo pelo inicio e como o tópico dessa semana fala sobre caçar eu devo começar a falar do primeiro caçador existente na face da terra (eu gostaria de falar sobre o primeiro caçador que apareceu no universo, mas eu acho que eu não o conheço...). Para inicio de conversa... o que seria um caçador? Para muitos um caçador é alguém que come carne e caça de maneira selvagem a sua presa/almoço/jantar/café da manhã/lanche da manhã (aquele que comemos às 10 horas da manhã...)/lanche da tarde/hora do chá/ceia/lanche da meia-noite, mas na minha opinião “caçador” é um termo abrangente. Vejam bem, caçador vem da palavra “caçar” que por sua vez significa “procurar”, então pode-se afirmar que um caçador é qualquer criatura que tenha e execute a habilidade de caçar/procurar alguma coisa.

Seguindo essa linha de pensamento podemos dizer que qualquer criatura que procure por alguma coisa é um caçador, embora eu goste de pensar que ela é um caçador apenas durante o período de tempo que essa criatura leva para achar o que procura, depois desse período de tempo ela deixa de ser um caçador. Porém aquelas criaturas que procuram por algo específico durante todos os dias de sua vida (excluindo sábados, domingos e feriados...) é um caçador permanente, por isso aquele lobo que a todos os momentos caça o coelho é dito como um “caçador de coelhos”. Para a discussão do tópico de hoje eu irei falar apenas dos caçadores de comida.

Não é de hoje que todos os seres vivos têm como principal missão permanecer vivos e procriar a sua espécie, mas para conseguir essa meta eles precisam sobreviver e a partir desse ponto eles precisam se alimentar para alcançar a sua sobrevivência. Normalmente o alimento de uma criatura viva é outra criatura viva, por isso toda criatura é um caçador de seres vivos em potencial (eu gosto de usar o termo “criatura” ao invés de “animal” porque eu estou falando de todos os reinos da classificação taxológica [animal, vegetal, fungi, protista e monera) já que todos eles são caçadores). Existem é claro exceções, como os vegetais que se alimentam através da coleta de nutrientes que eles coletam do solo, fazem parte dessas exceções algumas criaturas que vivem embaixo da terra (minhocas, por exemplo), alguns tipos de caranguejos e outros, mas de certa forma ele também são caçadores já que eles precisam caçar no solo o seu alimento.

Desde cedo todo o tipo de ser vivo aprende a sua principal lição que é caçar para sobreviver e lutar para não ser caçado. Hoje em dia existem diversos tipos de criaturas, porém é dito que somente o ser humano é a mais cruel delas já que ele caça por esporte e mata aquilo que não vai comer. Bem, para falar sobre cada uma das criticas direcionadas ao ser humano eu vou precisar fazer algumas comparações com outras criaturas, isso porque dizem que o ser humano é o mais cruel dos animais e que o resto das criaturas do planeta são apenas vitimas.

Bem vamos começar pelo ponto principal que é sempre discutido, o fato do homem ser onívoro. Onívoro é um animal que é tanto vegetariano quanto carnívoro, como se sabe o ser humano come tanto frutas, legumes e vegetais como também gosta de um bom filé. Sempre quem gosta de iniciar uma discussão é o lado dos vegetarianos (normalmente...). O que acontece é uma situação assim:

Os vegetarianos são pessoas que optaram por não mais comer carne de qualquer tipo. Existem vários tipos de vegetarianos, alguns não comem ovos, outros não comem leite e seus derivados e aqueles que seguem uma dieta especial e única. Eles normalmente optam por essa medida por causa de três fatores: saúde, planeta e animais. Eles também procuram ensinar o seu estilo de vida para quantas pessoas eles quiserem.

Agora vamos nos aprofundar mais na cultura dos vegetarianos. Os três fatores do vegetariano dizem o seguinte. Não se deve comer carne para ajudar o planeta, já que a pratica da agricultura gera diversos problemas para o mesmo, tanto que os dois principais responsáveis pelo desmatamento no mundo são as madeireiras e a agropecuária que desmata para criar pastos para os bois. Não se deve comer carne porque ela faz mal para o organismo, bem antigamente a carne era mais saudável e sem contaminantes, mas ainda assim o excesso de carne pode fazer mal a saúde e o excesso de gordura é mortal. Hoje em dia a carne está repleta de agrotóxicos oriundos da alimentação do animal e de hormônios que ajudam o animal a se desenvolver mais rapidamente. E por ultimo não se deve comer carne por causa do sofrimento gerado aos animais que servem de alimento para o ser humano, já que muitos recebem maus tratos e sofrem bastante e o argumento máximo dos vegetarianos é que não devemos comer carne se podemos sobreviver simplesmente comendo vegetais. Aliás o nome “vegetariano” não oriunda da palavra “vegetal” e sim da palavra em latim “vegeus” que significa “forte, poderoso”.

Várias ONGs foram criadas para defender os animais e aumentar a difusão do conhecimento sobre os vegetarianos. Muitas delas contém pessoas famosas e fazem protestos, alguns deles radicais demais, para proteger os animais e/ou acabar com o consumo de carne.

Já os onívoros (não vegetarianos) são pessoas que gostam de comer carne e vegetais. Eu nunca vi um protesto em frente a um abatedouro onde pessoas tentam fazer o dono do abatedouro abater mais animais para gerar mais carne. Eu nunca vi um protesto de pessoas onívoras tentando convencer as pessoas vegetarianas a começar a comer carne.

Bem, aqui vai a minha opinião sobre essa discussão. Eu concordo com a afirmação que se os seres humanos forem vegetarianos o mundo seria um lugar melhor já que deixaríamos de desmatar para criar o gado e entre diversas outras coisas. Também concordo que a carne que consumimos hoje está cheia de produtos que podem nos prejudicar, que o seu consumo em excesso poderá nos causar doenças, porém eu discordo dessa segunda lei (“pela nossa saúde”), a carne possui os “aminoácidos essenciais”. Os aminoácidos são estruturas usadas pelo nosso corpo para a produção de proteínas e os aminoácidos essenciais são aminoácidos que o nosso corpo não produz. Por isso o nosso corpo precisa obter esses aminoácidos de uma fonte externa que são os alimentos. São poucos os vegetais que possuem esses aminoácidos e mesmo aqueles que os possuem não possuem todos e alguns não os têm em quantidades pequenas enquanto a maioria (ou todas) possuem grandes quantidades desses aminoácidos, por isso é mais fácil manter uma alimentação balanceada quando se é um onívoros. Mas também é possível manter uma alimentação balanceada somente com vegetais, porém é necessário que a pessoa que queira se tornar vegetariana faça uma visita a um nutricionista especializado na área.

E agora a ultima lei dos vegetarianos (nota: eu as chamo de “lei” porque eu não sei como os vegetarianos às chamam... regras?! Filosofias?!) que é “pelos animais”. Bem, os meus leitores vão ter de me perdoar, mas eu acho que essa terceira lei é a pior razão para se abandonar uma dieta onívora. Vejam bem, essa lei fala sobre os pobres animais que são mortos para o prazer dos seres humanos, sobre o sofrimento que eles passam nos abatedouros e outras coisas a mais das quais eu não me recordo agora. Mas e se vocês, meus caros leitores, fizerem uma comparação de como seriam tratados esses “pobres animais” na vida selvagem que a natureza estipula?! Vamos fazer essa comparação:

Nos abatedouros (ignorem todos os donos de uma criação de frangos no fundo do quintal, já que esses carinhas estão fora do padrão de higiene e regras estabelecida pelos órgãos responsáveis para abatedouros) qualquer animal que seja (frango, boi, porco e outros) tem a sua norma para ser abatido, essas normas foram criadas visando a morte mais rápida e sem dor o possível. Já na natureza o predador está pouco se lixando pela opinião da presa. Não importa se ela está viva ou morta durante a refeição, o que importa é que ela esteja incapacitada de fugir durante a mesma. Se você assistir meia hora de “Animal Channel” você vai ver pelo menos um animal comendo o outro ainda vivo e poderá traduzir naqueles olhinhos pretos ele suplicando para pelo menos ser morto e não ter que encarar os seus algozes que o devoram como quem não faz nada de errado. E isso me leva a pensar, se Deus fez os animais assim (já que eles não comeram da árvore do conhecimento) isso faz dos seres humanos uma espécie melhor?! Já que nós nos preocupamos com a forma como o nosso alimento perecerá?! Eu acredito que não! As coisas são naturalmente assim, se os animais fazem a sua caça dessa maneira isso não os torna nem melhores nem piores pelos os seus atos, na verdade, eu acredito que esse sentimento de afeição que temos pelos animais é uma benção ao mesmo tempo que é uma maldição. Quando comemos do fruto proibido (maçã do jardim do Éden [eu devo pedir as outras religiões e aqueles que não acreditam em nenhuma religião que me desculpem e que, por favor, tomem a liberdade de adaptar da melhor maneira o possível os meus pensamentos para que vocês não se sintam ofendidos. Desde já, obrigado]) acabamos por adquirir o dito conhecimento. Esse conhecimento, na minha opinião, nada mais é do que uma pequena parte de Deus (eu definitivamente não estou comparando os seres humanos com os Deuses e não acredito que ser humano nenhum seja superior a outra raça e/ou espécie). E com esse conhecimento veio o amor de Deus, por isso quando vemos e/ou pensamos sobre a morte dos outros animais acabamos por sofrer de sentimentos de piedade e culpa.

Existem vegetarianos que também afirmam que se o ser humano pode viver apenas de vegetais ele DEVE se alimentar apenas de vegetais. Bom, em primeiro lugar eu discordo plenamente dessa afirmação. Na historia evolutiva do ser humano é afirmado que somente pudemos ter um aumento em nossa caixa craniana (cérebros maiores) no momento em que começamos a nos tornar caçadores melhores e a partir desse ponto incluir a carne em nossa alimentação. Assim sendo, devemos de certa forma agradecer sobre a inclusão da carne em nossa vida. Eu não estou discordando da afirmação que poderíamos deixar de nos alimentar de carne eu só não gosto do DEVE que ficou na frase, eu realmente não gosto de ser forçado a fazer algo, mesmo que eu ache que esse algo é o certo a se fazer. Eu acredito que não devemos abandonar a carne simplesmente para deixar os animais felizes, já que eles tem uma morte até que boa considerando a vida selvagem. Eu acredito que devamos comer mais vegetais, mas ainda assim deixar a carne na dieta. Se você for vegetariano eu devo admitir que eu o invejo! Eu não conseguiria viver sem comer carne (embora mesmo que eu conseguisse eu ainda iria querer que ela ficasse na minha dieta para fins nutricionais) e acredito que vocês tem uma boa idéia para divulgar, porém eu não gosto um vegetariano tenta me forçar a ser adepto ao vegetarianismo (já aconteceu uma vez...), se você quer convencer uma pessoa tente fazer isso com uma boa conversa e bons argumentos, se você estiver certo tenho certeza que pelo menos essa pessoa irá admitir isso. Agora se você tenta forçar a barra isso só tende a piorar. Tenho amigos que já namoraram uma pessoa vegetaria e elas forçaram a barra falando que se eles queriam algo sério então eles DEVERIAM virar adeptos e deixar a carne de lado.

Agora vamos falar de outro ponto que também é muito importante. O uso de peles.

No mundo inteiro existem pessoas que afirmam que não se deve usar as peles de animais para a criação de roupas. Esse é também um assunto complicado, principalmente porque eu não achei sítios na internet (“site” é uma palavra do inglês que significa “sitio” no sentido de “local” e/ou “lugar”) que falassem sobre o uso de peles... peles... isso me lembra PETA... agora eu lembrei o nome da organização (pelo menos uma famosa) que protege o direito dos animais. MEU DEUS DO CÉU!! Eu fiz uma pesquisa sobre o assunto e descobri que esse PETA é pior que os vegetarianos extremos. A presidente deles condena até mesmo os animais de estimação, não tolera nem mesmo o uso de cães guias para cegos!! Que loucura!! Essa presidente já afirmou também que “mesmo que as pesquisas com animais resultasse na cura para a AIDS nós seriamos contra!”... embora eu não vá falar sobre as pesquisas com o uso de animais.

Bem, como eu não sei o nome de outro grupo organizado e de respeito eu vou ter que simplesmente “supor” algumas coisas e se o que eu supor não estiver de acordo eu peço humildemente que me informem para que eu possa fazer as devidas correções.

Bem eu acredito que um grupo que proteste contra o uso de peles de animais esteja falando do uso de peles para a fabricação de roupas e acessórios (bolsas, sapatos, cintos e outros). E dentro dessa suposição eu acredito também que existam grupos de ativistas que acreditem que não se deve usar sequer as peles dos bois. E isso é tudo que eu vou supor dos grupos que protestam contra o uso de peles de animais.

Eu concordo plenamente com a opinião desses grupos em relação as peles de animais que são mortos somente por causa de sua pele. Animais como a raposa que é esfolada somente por causa de sua pele, sendo que o resto é jogado fora. Também abomino aqueles que caçam animais com risco de extinção, não importando qual motivo seja (carne, pele, extratos para remédios...) porque se a criatura já está em fase de extinção o que podemos fazer é ajudá-la a se procriar e não acabar de vez com o que restou dela.

Agora... quanto ao couro do boi... eu acredito que não exista nada de mais em produzir produtos com ele. Vejam bem, o boi já morreu no abatedouro, a carne vai pro açougue, os ossos, gordura, sebo e outras coisas vão para a industria de cosmético (eu nem vou falar do que é feito o batom...), até as patas e o chifre (normalmente o boi de abate não tem chifre... pelo menos não tem chifres grandes...) podem virar artesanato... e o que vão fazer com o couro?! Jogar fora?! Isso sim seria um belo desperdício. Eu sou a favor de usarem o couro do boi para fabricação de roupas.

E enquanto aos crocodilos... existem fazendas de crocodilos legalizadas pelo IBAMA em alguns estados e eu acredito que elas possam usar a pele desses animais. Eu digo isso porque eu confio (de certa forma) no IBAMA e acho que ele não legalizaria uma fazenda desse tipo sem tê-la fiscalizado e averiguado que o manejo utilizado por ela seja o adequado e que o animal sejam 100% aproveitado.

E por ultimo eu gostaria de falar sobre “caçar por esporte”. Existem diversos tipos de caça esportiva e algumas eu aprovo e outras não. Eu aprovo a caça esportiva quando o animal abatido seja bem aproveitado, como no caso da caça de veados onde o caçador leva o viadinho (sem pensamentos maldosos por favor!!) para comê-lo depois (mesmo que ele empalhe o animal a carne deve ser aproveitada!). Agora se o animal é caçado e quando capturado e/ou morto o mesmo não ser aproveitado (somente ser empalhado não vale, tem que comer o bicho porque é a lei da selva [caçar para comer ou para não ser comido!!]) então isso nada mais é do que um tipo de assassinato a sangue frio. Não importando se o animal foi morto sem nenhuma dor, o que importa é que uma vida foi jogada fora sem propósito nenhum.

E eu termino por aqui, novamente eu queria me desculpar por não ter feito a postagem da semana passada.