Olá a todos,
Novamente eu estou aqui na frente do PC para compartilhar com todos um pouco das situações inusitadas que venho a presenciar, embora hoje eu não estou interessado em falar uma desgraça, acidente e/ou humilhação pública. Hoje estou aqui para dividir uma dúvida que foi bombardeada na minha mente fértil...
Você já deve (a não ser que seja o messias encarnado...) ter contado pelo menos uma vez na vida uma mentira... mas me diga, meu caro leitor, por que você fez isso? Por que você precisou afastar a verdade de suas palavras e em troca utilizar de falso testemunho?
Foi pensando nisso que eu criei o tópico dessa semana.
Eu acredito que existam vários motivos que levem uma pessoa a mentir... eu vou começar a falar de todos eles (ou pelo menos daqueles que eu for me lembrando...). Muitos começam a mentir já pequenos, mas nessa idade nem sequer sabemos o que é uma mentira, na verdade sequer temos más intenções ao inventá-las. Quantos de vocês não conhece uma criança de dois ou três anos de idade que gosta de “aumentar” ou “melhorar” alguns detalhes de uma história?! Nessa idade a criança começa a perceber que a realidade poderia ser melhor se ele usasse um pouco de imaginação. Antes disso ele achava que conseguir usar o banheiro da maneira certa ao invés do chão da cozinha seria um feito digno de um desbravador que encontra um novo continente... mas na medida em que seus pais, irmãos mais velhos, tios e até mesmo os seus avós não dão tanta importância para isso você acaba por perceber que aquilo que lhe deu tanto trabalho para conseguir não tem tanta importância... mesmo que você tenha levado apenas uns poucos anos para conseguir, e olhe que o cachorro é bem mais velho que você e ainda usa o chão da cozinha como banheiro...
Aos poucos a criança percebe que pode melhorar uma historia se ela usar um pouco de imaginação e que todos lhe dão mais atenção quando você diz que viu um dinossauro na rua ao invés de um cachorro muito grande... eles dizem que você é fofo. No fim eles estão apenas lhe influenciando a sempre contar uma historia diferente e melhorada do que realmente ocorreu, ao invés de lhe estimularem a contar a historia exatamente como aconteceu só que de uma maneira mais poética e excitante (um bom exemplo seria descrever a aparência do cachorro e compará-lo com os outros cachorros para que percebam o quanto aquele ser era especial...) essa pode ser a diferença de um futuro malandro surrupiador de biscoitos a um nobre e eloqüente orador em miniatura...
Quando o tempo vai passando nosso pequeno bebê se torna uma criança e com o aumento de experiência ele vai gradualmente ganhando mais liberdade. Um dos pontos mais altos nessa historia é quando uma criança aprende a andar e a sua mãe começa a lhe deixar mais a vontade na casa que ele já conhece. As mães acabam por naturalmente dar mais e mais liberdade ao ponto de poder deixá-lo sozinho (com uma distância segura de uns 5 a 10 metros, é claro...). É ai que o problema começa a aumentar.
A pobre mãe está a fazer o almoço e deixa a criança brincando perto da TV até que ela escuta o som de algo se partindo em vários pedaços... Muito preocupada ela corre para perto do seu filho com o intuito de saber se ele está bem ou não... Ao chegar lá ela descobre que o vaso caríssimo que ela tinha ganhado de alguém que ela provavelmente nunca mais viu na vida havia caída da estante e se partiu com o impacto. O culpado é obvio! Um garoto com ar de preocupado que está logo ao lado estante.
É nesse momento da vida de uma criança que ela percebe que pode usar suas técnicas de alteração da verdade em benefícios próprios. “E por que não?!”. Ele começa a inventar o que lhe primeiro vem na cabeça, o que normalmente resulta em por a culpa toda no pobre do cachorro... como se já não fosse o suficiente ele se sentir mal toda vez que olham feio para ele quando encontram aquele presente que ele deixou na cozinha...
Mas existe uma pequena diferença entre essa mentira e uma mentira comum. O garoto em questão jamais foi castigado antes... por isso ele não sabe o que pode acontecer com ele se ele fizer algo de errado. Mas se esse é o caso... por que ele mentiu?! A resposta é simples... ele não queria ver a sua mãe chateada com ele... ele sabe o quanto esse vaso era importante para ela (apesar dele não saber quem o deu para ela...) e ele sabe que ela não ia gostar de vê-lo quebrado e assim que ela soubesse que foi ele que o quebrou ele se sentiria mal por dentro...
Essa é um tipo de mentira em que a pessoa utiliza para evitar que as pessoas próximas se sintam magoadas em relação a mesma, ou seja, você normalmente utiliza essa mentira para evitar que a sua namorada fique com raiva de você por você ter esquecido o aniversário dela, você também usa desse artifício para que a sua mãe não fique magoada por você não ter limpado o quarto. Você no fim foge da reprovação alheia tentando criar uma situação onde você não é o culpado. O problema é que normalmente você É o culpado e precisa aprender a assumir as responsabilidades de seus atos para que futuramente você saiba dar mais importância aos sentimentos de sua namora e as lições que sua mãe tenta lhe ensinar (como higiene no seu local de descanso, por exemplo...). Quem cria esse tipo de mentira tende a crescer e ser uma pessoa irresponsável porque acha que pode ser feliz passando uma imagem errada para outras pessoas.
Na medida em que o tempo passa o nosso garoto em questão precisa passar por outras situações semelhantes, porém ao contrário da situação anterior onde ele precisava mentir para se sentir melhor dessa vez ele precisa mentir para fazer alguém se sentir melhor.
Normalmente a mentira precede uma pergunta como “estou gorda?”, “você a acha bonita?”, “ele é mais bonito do que eu?”, “o que você acha sobre isso?”. São perguntas como essas em que a própria pessoa que pergunta não quer ouvir a verdade se esta não condizer com o que ela quer ouvir. Mas também existem situações em que a pessoa tem uma boa intenção como encobrir a morte de um coelho de estimação dizendo que ele fugiu ou outras coisas. Essa é a única mentira em que se tem a verdadeira boa intenção, já que você mente em beneficio alheio. Mas na maioria das vezes o certo é contar a verdade.
Vocês devem pensar que eu sou um insensível por querer que uma criança saiba que o coelho morreu por já estar velho e cansado, mas a morte é algo que faz parte da vida. Você só pode morrer se estiver vivo e se está vivo mais cedo ou mais tarde você irá morrer. Por isso é melhor explicar as coisas como elas são ao invés de proteger alguém de algo em que ela deverá enfrentar. E se essa garota se acidentar?! O que vocês diriam?! Que ela vai encontrar-se com anjos?! No fim você mente para a pessoa que gosta não somente para não magoá-la, mas também para não se sentir mal. Quando você vê alguém próximo a você ficar magoado você acaba ficando triste e para evitar essa situação você tende a mentir.
E por ultimo, vem a pior entre as mentiras. Essa é aquela que você usa para se safar descaradamente de uma situação onde você tende a ser punido de alguma forma por algo que você realmente fez. Você mente para escapar de uma punição que você merece receber, as vezes você também mente para arranjar tempo para concertar um erro que você fez e só assim escapar da punição. Quando o seu chefe lhe diz para fazer uma determinada tarefa e depois de um tempo ele lhe pergunta se você a fez você acaba por inventar uma historia explicando o porquê de você ainda não ter feito a tarefa e logo depois você tenta correr contra o tempo perdido.
Essas pessoas precisam aprender que não se brinca com a verdade. Na medida em que você quer alterá-la você pode ser obrigado a enfrentar conseqüências ainda maiores do que se tivesse enfrentado a verdade desde o inicio. E mesmo que você consiga escapar dessas situações sem nunca ter sido castigado... tudo o que eu tenho a lhe dizer meu amigo é que você precisa aceitar a verdade como ela é e que você está vivendo em um mundo de ilusões onde mais cedo ou mais tarde você irá precisar encarar o mundo do jeito como ele é.
Mas... convenhamos, o mundo seria um lugar muito estranho se todos falassem a verdade... e isso me dá calafrios porque só vem a provar o quanto a mentira está entranhada nas nossas vidas.
Novamente eu estou aqui na frente do PC para compartilhar com todos um pouco das situações inusitadas que venho a presenciar, embora hoje eu não estou interessado em falar uma desgraça, acidente e/ou humilhação pública. Hoje estou aqui para dividir uma dúvida que foi bombardeada na minha mente fértil...
Você já deve (a não ser que seja o messias encarnado...) ter contado pelo menos uma vez na vida uma mentira... mas me diga, meu caro leitor, por que você fez isso? Por que você precisou afastar a verdade de suas palavras e em troca utilizar de falso testemunho?
Foi pensando nisso que eu criei o tópico dessa semana.
Eu acredito que existam vários motivos que levem uma pessoa a mentir... eu vou começar a falar de todos eles (ou pelo menos daqueles que eu for me lembrando...). Muitos começam a mentir já pequenos, mas nessa idade nem sequer sabemos o que é uma mentira, na verdade sequer temos más intenções ao inventá-las. Quantos de vocês não conhece uma criança de dois ou três anos de idade que gosta de “aumentar” ou “melhorar” alguns detalhes de uma história?! Nessa idade a criança começa a perceber que a realidade poderia ser melhor se ele usasse um pouco de imaginação. Antes disso ele achava que conseguir usar o banheiro da maneira certa ao invés do chão da cozinha seria um feito digno de um desbravador que encontra um novo continente... mas na medida em que seus pais, irmãos mais velhos, tios e até mesmo os seus avós não dão tanta importância para isso você acaba por perceber que aquilo que lhe deu tanto trabalho para conseguir não tem tanta importância... mesmo que você tenha levado apenas uns poucos anos para conseguir, e olhe que o cachorro é bem mais velho que você e ainda usa o chão da cozinha como banheiro...
Aos poucos a criança percebe que pode melhorar uma historia se ela usar um pouco de imaginação e que todos lhe dão mais atenção quando você diz que viu um dinossauro na rua ao invés de um cachorro muito grande... eles dizem que você é fofo. No fim eles estão apenas lhe influenciando a sempre contar uma historia diferente e melhorada do que realmente ocorreu, ao invés de lhe estimularem a contar a historia exatamente como aconteceu só que de uma maneira mais poética e excitante (um bom exemplo seria descrever a aparência do cachorro e compará-lo com os outros cachorros para que percebam o quanto aquele ser era especial...) essa pode ser a diferença de um futuro malandro surrupiador de biscoitos a um nobre e eloqüente orador em miniatura...
Quando o tempo vai passando nosso pequeno bebê se torna uma criança e com o aumento de experiência ele vai gradualmente ganhando mais liberdade. Um dos pontos mais altos nessa historia é quando uma criança aprende a andar e a sua mãe começa a lhe deixar mais a vontade na casa que ele já conhece. As mães acabam por naturalmente dar mais e mais liberdade ao ponto de poder deixá-lo sozinho (com uma distância segura de uns 5 a 10 metros, é claro...). É ai que o problema começa a aumentar.
A pobre mãe está a fazer o almoço e deixa a criança brincando perto da TV até que ela escuta o som de algo se partindo em vários pedaços... Muito preocupada ela corre para perto do seu filho com o intuito de saber se ele está bem ou não... Ao chegar lá ela descobre que o vaso caríssimo que ela tinha ganhado de alguém que ela provavelmente nunca mais viu na vida havia caída da estante e se partiu com o impacto. O culpado é obvio! Um garoto com ar de preocupado que está logo ao lado estante.
É nesse momento da vida de uma criança que ela percebe que pode usar suas técnicas de alteração da verdade em benefícios próprios. “E por que não?!”. Ele começa a inventar o que lhe primeiro vem na cabeça, o que normalmente resulta em por a culpa toda no pobre do cachorro... como se já não fosse o suficiente ele se sentir mal toda vez que olham feio para ele quando encontram aquele presente que ele deixou na cozinha...
Mas existe uma pequena diferença entre essa mentira e uma mentira comum. O garoto em questão jamais foi castigado antes... por isso ele não sabe o que pode acontecer com ele se ele fizer algo de errado. Mas se esse é o caso... por que ele mentiu?! A resposta é simples... ele não queria ver a sua mãe chateada com ele... ele sabe o quanto esse vaso era importante para ela (apesar dele não saber quem o deu para ela...) e ele sabe que ela não ia gostar de vê-lo quebrado e assim que ela soubesse que foi ele que o quebrou ele se sentiria mal por dentro...
Essa é um tipo de mentira em que a pessoa utiliza para evitar que as pessoas próximas se sintam magoadas em relação a mesma, ou seja, você normalmente utiliza essa mentira para evitar que a sua namorada fique com raiva de você por você ter esquecido o aniversário dela, você também usa desse artifício para que a sua mãe não fique magoada por você não ter limpado o quarto. Você no fim foge da reprovação alheia tentando criar uma situação onde você não é o culpado. O problema é que normalmente você É o culpado e precisa aprender a assumir as responsabilidades de seus atos para que futuramente você saiba dar mais importância aos sentimentos de sua namora e as lições que sua mãe tenta lhe ensinar (como higiene no seu local de descanso, por exemplo...). Quem cria esse tipo de mentira tende a crescer e ser uma pessoa irresponsável porque acha que pode ser feliz passando uma imagem errada para outras pessoas.
Na medida em que o tempo passa o nosso garoto em questão precisa passar por outras situações semelhantes, porém ao contrário da situação anterior onde ele precisava mentir para se sentir melhor dessa vez ele precisa mentir para fazer alguém se sentir melhor.
Normalmente a mentira precede uma pergunta como “estou gorda?”, “você a acha bonita?”, “ele é mais bonito do que eu?”, “o que você acha sobre isso?”. São perguntas como essas em que a própria pessoa que pergunta não quer ouvir a verdade se esta não condizer com o que ela quer ouvir. Mas também existem situações em que a pessoa tem uma boa intenção como encobrir a morte de um coelho de estimação dizendo que ele fugiu ou outras coisas. Essa é a única mentira em que se tem a verdadeira boa intenção, já que você mente em beneficio alheio. Mas na maioria das vezes o certo é contar a verdade.
Vocês devem pensar que eu sou um insensível por querer que uma criança saiba que o coelho morreu por já estar velho e cansado, mas a morte é algo que faz parte da vida. Você só pode morrer se estiver vivo e se está vivo mais cedo ou mais tarde você irá morrer. Por isso é melhor explicar as coisas como elas são ao invés de proteger alguém de algo em que ela deverá enfrentar. E se essa garota se acidentar?! O que vocês diriam?! Que ela vai encontrar-se com anjos?! No fim você mente para a pessoa que gosta não somente para não magoá-la, mas também para não se sentir mal. Quando você vê alguém próximo a você ficar magoado você acaba ficando triste e para evitar essa situação você tende a mentir.
E por ultimo, vem a pior entre as mentiras. Essa é aquela que você usa para se safar descaradamente de uma situação onde você tende a ser punido de alguma forma por algo que você realmente fez. Você mente para escapar de uma punição que você merece receber, as vezes você também mente para arranjar tempo para concertar um erro que você fez e só assim escapar da punição. Quando o seu chefe lhe diz para fazer uma determinada tarefa e depois de um tempo ele lhe pergunta se você a fez você acaba por inventar uma historia explicando o porquê de você ainda não ter feito a tarefa e logo depois você tenta correr contra o tempo perdido.
Essas pessoas precisam aprender que não se brinca com a verdade. Na medida em que você quer alterá-la você pode ser obrigado a enfrentar conseqüências ainda maiores do que se tivesse enfrentado a verdade desde o inicio. E mesmo que você consiga escapar dessas situações sem nunca ter sido castigado... tudo o que eu tenho a lhe dizer meu amigo é que você precisa aceitar a verdade como ela é e que você está vivendo em um mundo de ilusões onde mais cedo ou mais tarde você irá precisar encarar o mundo do jeito como ele é.