sábado, 5 de setembro de 2009

Sonho

Olá a todos,

Certa vez Martin Luther King disse "eu tenho um sonho...", pois eu sempre fiquei indagando se ele realmente sonhou ou se o "sonho" dele era algo em que ele mentalizava. Vocês podem ficar imaginando que essa é uma indagação besta, mas sigam a minha linha de pensamento. Um sonho é algo que ocorre quando você está dormindo (em alguns casos ele aparece quando alguém está acordado...), normalmente ele retrata situções confusas onde coisas estranhas acontecem, as vezes essas situações são reflexos de desejos profundos e outras vezes esses sonhos nos colocam em provações que temos de superar. Mas em todos os casos os sonhos são algo baseado no ficticio, no inimaginavel e no absurdo. Para mim um sonho séria algo que está completamente fora da realidade e/ou senso comum. Então quando Martin Luther King falou sobre o seu sonho ele deveria achar que os seus objetivos eram parte de algo inimaginavel, algo não palpavel que beira o absurdo. Eu normalmente não fico falando por aí que eu possuo sonhos porque eles fazem parte de algo que não existe, eu digo que eu tenho objetivos pelos quais eu luto.

É interessante como eu consigo naturalmente mudar de assunto de uma maneira inconsciente, porque eu não queria falar sobre objetivos, direitos humanos, lutas e outras coisas... tudo o que eu queria falar era sobre um sonho...

Pode parecer confuso eu ter dito que não tenho sonhos e sim objetivos e logo em seguida dizer que eu queria falar sobre um sonho... o caso é: eu tenho sonhos, mas somente quando estou dormindo. Se eu sonhar com algo que eu quero que se torne realidade e esse "algo" pode ser conseguido com luta, então eu tirei desse sonho um "objetivo". Por isso eu posso perfeitamente ter sonhos e objetivos.

Voltando pro sonho, na verdade vamos sair do sonho um pouco. Antes eu queria falar um pouco sobre o porquê de eu querer falar de um sonho ao invés de falar de algo mais divertido como uma dor agonizante qualquer. O fato é que mesmo os meus sonhos são esquizitos... bem, a maioria dos sonhos são esquisitos, mas os meus são anormalmente esquisitos. Para se ter uma ideia basta juntar a minha imaginão com o inexplicavel e você terá ideia do quanto um sonho pode ser mais anormal que os outros.

Agora sim, voltando pro sonho. Nesse sonho eu estava em casa me preparando para fazer alguma coisa a qual eu não sabia ao certo o que era, na verdade eu não estava me preparando eu estava apenas me arrumando. Eu tinha um sentimento que me dizia que eu devia me "preparar", mas esse sentimento era tão fraco que eu nem ligava para ele, isso porque ele me parecia irracional... por isso eu estava apenas me arrumando. Acho que eu estou sendo um pouco confuso, deixem-me explicar melhor a diferença entre se preparar e se arrumar. Se arrumar é o que você faz quando quer ir para algum lugar que você vai com freqüência como a escola ou o trabalho por exemplo. Quando você se arruma você não faz nada de especial, você toma banho, passa um desodorante e um perfume, usa roupas comuns adequadas para o lugar para onde você vai e coloca os seus utensílios úteis nos bolsos e vai embora. Agora quando você vai para um lugar especial o qual necessita de algo a mais na sua arrumação comum então você precisa se "preparar". Normalmente isso acontece quando você vai para uma festa, evento importante ou até mesmo para o vestibular. Nessas ocasiões você precisa tomar um banho mais demorado e usar produtos a mais do que os que você já usa (no caso dos homens pode-se fazer a barba...). Você escolhe uma roupa especial, usa um perfume mais caro, capricha no penteado e checa tudo duas vezes antes de sair. Pega a carteira, chaves, materiais de estudo para o caso do vestibular e materiais de proteção pessoal para o caso de uma festa (estou falando de camisinhas...). Alguns inclusive param e fazem uma prece pedindo a Deus que lhe dêem calma e compreensão para fazer uma boa prova, enquanto outros pedem que encontrem alguém com muita beleza e pouco juízo na festa...

No meu caso não se tratava de uma festa ou um vestibular... era algo como um tipo de compromisso. Eu sentia uma ânsia de ir para algum lugar... uma ânsia de chegar lá o mais rápido o possível.

Eu saí de casa com calma, na verdade eu não estava em casa, eu estava saindo de um prédio e conscientemente eu pensava que ali ficava a minha casa, talvez em algum apartamento (coisa de sonhos...). E não era somente a minha casa... a cidade toda estava mudada, ela estava cheias de prédios altos que cobriam a luz do sol e o ar tinha um cheiro diferente... um cheiro de chuva apesar de o dia está ensolarado.

Como eu não estava com pressa alguma eu comecei a caminhar pela cidade e de hora em hora eu reconhecia algumas partes da fisionomia da cidade. Uma esquina que fica na minha cidade, um prédio de Nova York, um teatro de Chicago, uma avenida que me lembrava São Paulo e apesar de saber que eram todas de lugares diferentes eu não questionava nada, parecia tudo muito normal, até porque isso é algo que eu nunca entendi, como podemos não perceber que estamos em um sonho se tudo a nossa volta não condiz com a realidade?!

Decerto eu já várias vezes consegui distinguir um sonho da realidade, mas nesse sonho em particular eu não estava sequer tentando. Eu não me recordo ao certo, mas acho que devia estar com muito sono e cheio de cansaço porque eu não me sentia disposto a ir para o compromisso e nem queria pensar no assunto de estar vivendo um sonho ou uma realidade. Caso queiram saber eu sempre procuro distinguir um do outro (sonho e realidade) porque caso eu consiga descobrir que estou sonhando eu posso alterar o sonho a minha vontade e poder fazer dele uma experiência mais agradável (pode ter certeza que no andar da carruagem eu teria mudado o cenário todo e ido para um SPA em uma ilha ficar deitado em uma rede na sombra de duas palmeiras tomando uns drinks e apreciando o mar...).

Mas eu me perguntei (assim como alguns de vocês, meus caros leitores, devem já ter se perguntado) o porquê de eu ter que cumprir esse compromisso, ou melhor ainda, que compromisso era esse. Agora que eu estou pensando melhor eu acho que deveria ter me questionado sobre isso antes e talvez eu continuasse andando até o lugar onde eu deveria estar se a cidades não estivesse diferente...

Eu não sabia dizer exatamente o que era... os prédios pareciam normais, as ruas estavam calmas, as árvores balançavam quando o vento passava por elas... mas algo estava fora do lugar... até que eu percebi que não havia ninguém na rua, ou calçada, ou casas ou em lugar algum. A cidade estava deserta. Eu achei aquilo tudo muito estranho, mas quem era eu para discutir a realidade?! Se a cidade estava deserta eu não poderia fazer nada para mudar isso e para ser sincero... por que eu iria querer mudar algo que não era da minha conta e ainda por cima não me incomodava em nada?! Na verdade eu até que estava gostando daquela calmaria...

Eu sentia que já tinha ultrapassado mais da metade do meu caminho quando vi a primeira pessoa... na verdade não deu de ver direito porque ela foi muito rápida... sabe aquelas situações quando você está dirigindo um carro e passa na sua frente um gato ou um rato muito rapidamente e você fica se perguntando de onde eles tinham saído?! Eu tive essa mesma sensação... alguns metros mais tardes eu começava a sentir que havia algo errado e que toda aquela calmaria havia ficado para trás... e isso me incomodava... E MUITO!!

Eu já estava andando há um bom tempo e as pessoas começavam a aparecer com mais freqüência, mas todas as vezes elas atravessavam o meu caminho correndo e desapareciam em instantes... e as vezes eu podia jurar que elas faziam o mesmo pelas minhas costas como naqueles filmes de terror onde a criatura atravessa uma clareira enquanto os personagens estão de costas logo no inicio do filme... eu sempre me perguntei por que diabos essas criaturas não paravam uns 10 segundos para matar esse cara que está de costa ao invés de ter de esperar o filme todo para fazer isso e morrer no fim...

Eu já estava ficando próximo do meu objetivo, e estava feliz por estar quase lá porque isso significava que eu logo estaria em casa de novo. O problema ocorreu mesmo foi quando eu dobrei a esquina... eu simplesmente pude ver o que Dante quis mostrar quando tentou descrever o inferno... as ruas começaram a ficar caóticas... uma nuvem de fumaça cobria tudo e eu podia ver incêndios em toda parte. Pessoas corriam por todos os lados e a maioria delas parecia que tinham acabado de deixar o trabalho para se juntar naquele pandemônio...

Eu não entendi nada... o que havia criado tanta confusão?! E o que me assustava mais era que eu sabia a resposta dessa pergunta...

O que havia criado aquilo tudo estava ligado ao meu compromisso... eu não sabia como eu sabia, mas sabia que sabia que o sábio soube que o sabiá sabia assoviar... (não pude resistir a não fazer uma piadinha... desculpem-me...). Nesse momento eu percebi que era primordial que eu puxasse na memória o porque de eu ter que ir para esse compromisso...

Eu comecei a me lembrar que eu estava sentado assistindo a algum filme qualquer na televisão quando um comercial entrou no ar... esse comercial falava sobre alguma coisa relacionada a uma promoção maluca... eu tentei mudar de canal, mas esse comercial continuava passando em todos os canais e até mesmo no radio... o engraçado era que cada ponto do radio passava o comercial, mesmo onde não havia estação de radio (ex: existe a estação de radio 93.3 e a 94.5 e não existe mais nada entre elas, mas no meu sonho as freqüências 93.4; 93.5; 93.6... passavam o tal do comercial...). Eu me cansei disso e resolvi jogar um pouco no PC, mas eu não conseguia porque eu sequer toquei na CPU e o monitor já estava passando o comercial... Como aquilo já estava me cansando eu resolvi ver logo o que é que essa promoção falava.

Eu me surpreendi com o que eu ouvi... essa promoção dizia que quem quer que chegasse primeiro no prédio que ficava no centro da cidade (e este era o mais alto de toda ela...) iria ganhar um super prêmio... o problema era que apesar de eu não ter a mínima idéia de que prêmio era esse eu senti no mais profundo do meu âmago que eu deveria ir para aquele prédio... era quase como um tipo de forte hipnose misturado com macumba da braba...

Agora eu começava a entender melhor... todos queriam o prêmio!! Só faltavam mais alguns quarteirões para chegar no prédio quando as coisas começaram a ficar piores... Antes eram somente incêndios, poeira, escombro de prédios... mas agora as coisas estavam ficando sérias demais!! Eu podia ver uma cena pós-apocalíptica onde carros, motos e caminhões jaziam destruídos pelas ruas, resultados de inúmeros acidentes de carros onde estes haviam ceifado a vida de muitos motoristas e pedestres... eu sabia o que havia acontecido, eu conseguia ver as cenas como se meus olhos fossem donos do passado e me mostrassem o que ocorreu. Eu vi pessoas motorizadas acelerando fundo com a intenção de chegar primeiro no prédio e por conseqüência acabaram por matar todos os motoristas que tentaram chegar por esse meio de transporte assim como todos os pedestres que cruzaram o seu caminho, no fim as estradas e calçadas estavam instransponíveis pelos carros e motos sendo possível apenas atravessar essas ruas a pé.

Eu realmente estava triste pelas pobres almas dos acidentados, mas eu ainda ia continuar a minha caminhada... como eu disse parecia algum tipo de hipnotismo com macumba...

Na medida em que eu andava eu encontrava mais e mais “acidentados” e outros casos de mortes. Na verdade quando eu cheguei na praça que dava de frente para o prédio eu presenciei um dos maiores campos de guerra que eu já havia visto... na verdade não era mais um campo de guerra porque todos que estavam por lá já haviam parado de guerrear faz um bom tempo... não pensem nem por um momento que eles pararam de guerrear porque alguém havia conseguido o prêmio... eles pararam de guerrear porque os mortos não se mexem e conseqüentemente não batalham entre si...

Todos que estavam ali já haviam morrido... todos tentaram da melhor maneira o possível atrasar quem estava ao seu lado... e a maioria deles conseguiu!! Quando vi aquelas cenas comecei a entender o porque de haverem mortos vitimas de atropelamento nas ruas anteriores e não havia nenhum carro por perto... eu sabia agora que aqueles que vieram de carro também tentaram atrasar os que vinham andando... fadadamente quando perceberam que haviam carros mais rápidos que os deles ele quiseram repetir a dose e isso desencadeou uma chacina nas ruas...

Na medida em que eu andava, eu ficava cada vez mais impressionado com o que a humanidade havia feito para alcançar os seus objetivos... enfim eu me deparei na recepção do prédio... mas não havia ninguém lá... na verdade haviam muitas pessoas, mas nenhuma delas estava apta a receber o prêmio, a não ser que este seja um belo caixão folheado a ouro porque estavam todos mortos...

Apesar de depois disso tudo eu dever ter voltado para casa e ter chamado a policia ou algo assim eu estava realmente curioso sobre o que seria esse grande prêmio... então eu comecei a pensar em como eu poderia achá-lo para dar uma olhada, mas ai é que eu percebi que não havia funcionários do prédio no saguão... eu sabia disso porque o único que tinha um crachá estava jogado de qualquer jeito no início das escadas...

Logo eu percebi que dificilmente uma pessoa chegaria primeiro, era mais provável que UMA MULTIDÃO delas tivesse chegado ao mesmo tempo e que houvesse uma discussão para saber quem seria o merecedor do prêmio... os funcionários deveriam ter se sentidos acuados e fugiram para o único local onde não havia pessoas ensandecidas... O TERRAÇO!!

Foi uma subida pesarosa... não por causa de toda aquela gente morta com suas partes internas expostas como um show de horror, mas sim porque aquele prédio tinha CENTENAS DE ANDARES!! Imagina subir aquilo tudo de escada?! E imagina agora a sua raiva quando lhe passa pela sua cabeça uma idéia louca de “subir pelo elevador”!!

Ao chegar lá em cima eu encontrei todos os funcionários restantes já mortos... mas minhas esperanças haviam melhorado porque eu encontrei alguém vivo... ele tinha em suas mãos uma caixinha pequena toda enfeitada... era o prêmio.

Ele olhava para essa caixa com extremo pesar e tristeza, ele já estava coberto de chagas e em cada parte do corpo dele eu podia ver o resultado de sua luta para ser o ganhador do prêmio. Mas ele não parecia nada feliz... cheguei a me perguntar o por que de ele está assim apesar de já conhecer a resposta.
Mas eu não compreendia... como alguém que matou tantos estaria arrependida logo agora em que a batalha acabou?! Já não está meio tarde para isso?! Eu comecei a pensar no caso dele e percebi que a loucura deve ter subido a cabeça dele assim como deve ter subido a cabeça de muitos porque não é normal que pessoas se digladiem desse jeito por causa de um prêmio...

Eu já estava levantando um dos pés para andar na direção dele e lhe dar umas palavras de conforto por sentir pena dele e achar que a situação poderia melhorar quando ele calmamente se levantou e olhou para baixo... nesse momento ele não demonstrou reação nenhuma e deixou o seu corpo ser levado por uma leve brisa para a frente e caiu levemente para frente rumo ao chão centenas de andares abaixo... dessa altura eu sequer poderia ouvir o baque surdo do corpo se estatelando no chão lá embaixo... me senti na obrigação de falar algumas palavras:

-FILHO DA P$¨%!! AJUDOU A MATAR TODO MUNDO E AGORA NÃO VAI NEM ENTERRAR UM DELES?! PELO MENOS REZOU UM POUQUINHO PELAS ALMAS DELES?!

E o pior é que ele se jogou lá embaixo segurando o presente... na verdade esse não foi a pior coisa... a pior coisa foi saber que eu não poderia descer de elevador porque ele estava quebrado... pudera, com toda essa guerra não é de admirar que alguém tenha cortado os cabos do elevador...

Chegando lá embaixo eu já estava exausto e realmente queria ir para casa... eu realmente queria aquela rede com uns drinks... mas eu não pude deixar de dar uma olhada naquela caixinha...

Era até uma caixinha singular... não media mais do que uma caixa de chocolates e era embrulhada em papel presente com um laço de seda em cima... laço esse que não foi aberto... o cara pulou lá de cima e sequer quis saber o que tinha dentro...

Eu cuidadosamente abri a caixa e vi que havia três coisas... uma carta, um cheque e uma chave de carro. A carta parabenizava o leitor por ser o ganhador da promoção que havia sido feita em escala mundial e que o grande prêmio era o carro esportivo mais caro do mundo e no chegue o ganhador era gratificado com a quantia de 100 milhões de euros (o dólar já decaiu muito...).

Eu li novamente a carta somente para lê-la várias e várias outras vezes... não achei outra tradução para “escala mundial” sem ser algo como “todos estão mortos menos você”...

Eu suspirei e fiquei olhando para aquele mundo sem vida... fiquei imaginando se os animais teriam entrado nessa loucura também... com sorte eu iria ser um agricultor para cultivar o meus sustento e teria alguns gatos e cachorros como companhia... achei que eles seriam melhores do que uma bola de vôlei com uma careta feita com sangue...

Como se é de esperar eu procurei olhar para trás no tempo e ver o que eu aprendi com tudo aquilo... no fim eu pensei e pensei e acabei concordando que no coração do ser humano reside os mais poderosos venenos. Venenos esses que podem levá-lo a loucura de matar os da mesma espécie em troca de ganhos pessoas, por mais mínimas que sejam as chances de obtenção desse lucro. Para o ser humano não importa se outra pessoa mereça o lucro... o que importa é se você pode conseguir esse lucro sem ser penalizado por isso... Mas no fim o ser humano acabou por não ser tão burro... no fim ele compreendeu de que mais cedo ou mais tarde os nossos atos voltam para nós e acabamos por perceber que erramos e que os nossos erros podem levar a criação de tragédias e mais tragédias. Mas ainda assim, mesmo depois de ter visto os seus erros, o ser humano ainda é covarde e sempre procura a saída mais fácil para os seus problemas, mesmo que isso signifique a sua própria morte...

Somente alguém sábio (ou com um neurônio que funcione...) compreende que não é o lucro que vale a pena... é como você o obtém, se você é merecedor dele. Somente assim esse lucro irá valer a pena. Somente sendo honesto consigo e com os outros você ficará satisfeito ao obter o prêmio. E mesmo assim, não irá adiantar ter ganho o melhor prêmio do mundo se você não tiver com quem compartilhá-lo...

Eu já estava me levantando para ir embora quando eu me acordei... eu olhei ao redor e reconheci o meu quarto e percebi que era tudo um sonho. Apesar de saber disso eu não fiquei feliz porque no fundo eu fiquei com aquele pensamento “mesmo sendo um sonho... isso muda o que está no coração das pessoas?! Somente uma mega promoção irá dizer...”